Archive for: novembro 2011

Dia 6n

Muito se fala sobre mudar o mundo… No entanto, dia bonito é aquele em que podemos ver as pessoas empenhadas nisso. Aconteceu no dia 6 de novembro. Dia marcado para reavaliarmos, rediscutirmos e repensarmos. Aconteceu. As pessoas foram acordando aos poucos, se agrupando em tarefas, discutindo os espaços, as estruturas, as placas, os cartazes, as tarefas. Acolhendo aos novos. Pegando o papel, os pregos e as vassouras. Logo antes de começar o show, foram buscar madeira e comida. Pularam, gritaram e cantaram. Depois sentaram para debater em várias rodas. Não era dia de se sentir cansado. Era dia de fazer democracia da maneira que uma democracia deveria ser. Era dia de nos sentirmos como em uma democracia.

Algumas fotos do dia:

 

Um relato sobre "A diversidade sexual, a homofobia e a violência estatal"

Na noite do dia 6 de novembro, os acampados do Anhangabaú se reuniram para debater “A diversidade sexual, a homofobia e a violência estatal”. Discutiu-se de forma ampla e aberta, as múltiplas formas de opressão contra a diversidade sexual. Foi uma roda livre de conversa que debateu os assuntos do GLBTT, mas não se restringiu à eles.

Depois de uma roda de apresentação, falou-se sobre as formas históricas de opressão às chamadas minorias, a reprodução dos preconceitos, as formas de superar tais preconceitos e a necessidade de tratar amplamente os problemas sociais. As lutas não podem ser isoladas nem devem ser cooptadas pelos poderes políticos e econômicos.

A violência também foi debatida em assuntos como o uso corretivo” da violência sexual, o estupro utilizado em diversos países como arma de guerra e as formas de negação e repressão do prazer e do libido. Além disso, criticou-se os discursos que se utilizam do “natural” e do “biológico” para justificar a opressão.

Sabemos que os gêneros e as sexualidades são muitas e que elas não podem ser enquadradas nos papéis sociais que nos são impostos. Por isso, nos reuniremos mais vezes para debater e continuar nossa luta. Fazemos o convite para que você também participe e contribua.

Relato de um acampado

I o impossível é possível

“O que vocês querem?” tem sido a pergunta mais repetida às pessoas que decidiram acampar sob o viaduto do Chá, desde 15 de outubro. Essa pergunta tem sua razão de ser em um mundo no qual manifestações e atos políticos têm objetivos claros e são endossados por uma massa coesa, com pensamentos bem formados acerca do tema e cujas idéias já todas foram anteriormente discutidas, geralmente por uma categoria de pessoas bem informadas, bastando para tais grupos a luta, ou a divulgação, de tais ideais. Desde 15 de outubro, o que vem acontecendo neste grupo de pessoas é o contrário. Existem algumas pautas, mas de maneira alguma o movimento se resume a elas. O que se pode afirmar com segurança é que se trata de pessoas descontentes com o modo atual de vida; indignados que foram às ruas, ao espaço público, e que demandam uma outra economia, uma outra política, uma outra sociabilidade.

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A “geração Seattle” e a “geração de acampantes”

Escrito por Manolo, publicado no Passa Palavra
http://passapalavra.info/?p=48007
A análise do passado e do presente é imprescindível, e tem como objetivo
não apenas saber do futuro, mas sabê-lo para, conhecendo suas
tendências, agir imediatamente para que o indesejável não venha. Por Manolo

"Com muita frequência, entre um período histórico e outro dez anos podem
decerto ser tempo suficiente para revelar as contradições de um século
inteiro. Portanto, às vezes temos que compreender que nossos
julgamentos, nossa interpretação e mesmo nossas esperanças podem ter
sido completamente equivocadas – equivocadas, e só."
Marlon Brando, na pele do economic hitman inglês Willam Walker, no filme
Queimada!, de Gillo Pontecorvo (1969)

Com o recente movimento dos acampamentos, muitos da assim chamada
“geração Seattle” voltaram não apenas a manifestar-se publicamente em
defesa das mobilizações, mas a sentir-se novamente em casa nas ruas
junto com outros mais novos que constroem espaços de militância nas
praças e espaços públicos de todo o mundo.

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Urgente: Água

Temos um problema permanente na Acampada que é a questão da água.
Assim, convidamos todos os engenheiros, permacultores, arquitetos, construtores, gambiarreiros profissionais e outros peritos no assunto para bolar um sisteminha campeão pra gente garantir água limpa e em abundância pra todo mundo.

Lembrando que precisamos de AJUDA PRÁTICA, sugestões apenas não serão suficientes já que temos poucos recursos físicos e humanos especializados pra fazer essas coisas.

Mais informações escreve pra gente: 15osp@riseup.net

Necessidades Urgentes da #AcampaSampa

Precisamos com urgência de MESAS, CADEIRAS, TÁBUAS, PRANCHAS DE MADEIRA, CAVALETES e outros materias para fazer algumas estruturas na Acampada. Pedimos a todos que tem alguns desses materiais para nos ajudar nesse momento importante de restruturação da Acampada. Estamos embaixo do Viaduto do Chá, ao lado da prefeitura, e estaremos recebendo essas doações 24h por dia.

21 dias de Ocupa Sampa

 

CARTA DE SOLIDARIEDADE DA ACAMPADA QUITO

O movimento indignado é APARTIDÁRIO, PACIFISTA E ASSEMBLEÁRIO;
não admite líderes, símbolos ou bandeiras que não sejam as do próprio movimento, pela firme crença de que esses elementos atomizam a força do povo.

Queridos e queridas companheiras indignadas,

Por muitos meses temos mostrado nossa indignação diante da maneira como o mundo está sendo gerenciado por políticos e banqueiros. Por muitas décadas, senão séculos, temos nos submetido a esse sistema; e muitos são os tipos de pessoas que, por fim, se uniram agora para exigir uma democracia real já.

A força de nosso movimento consiste em somar, e só podemos somar quando estamos todos e todas incluídos. É claro que cada um de nós tem sua própria ideia de para onde ir e como exigir isso, mas também é claro que, fazendo exigências individuais ou partidárias, perdemos a força do coletivo — que é enfim a nossa força, a força que eles temem.

O objetivo do movimento é apartidário porque buscamos a refundação do sistema democrático para torná-lo real, e portanto queremos mudar o sistema e não estamos nem a favor nem contra nenhum partido político. Como um barco encalhado na praia, não adianta discutir que direção queremos que o sistema tome se ele está encalhado: o que é preciso fazer é lançá-lo para navegar.

Daqui da Acampada Quito, incentivamos todos os grupos de indignados e indigadas que têm dúvidas sobre os passos a seguir para que reflitam sobre o que os une, e não sobre o que os separa.

Incentivamos vocês a seguirem desfrutando do poder das assembleias e do fruto de seus consensos. E, sobretudo, incentivamos vocês para que se recusem a repetir os erros desta “democracia” baseada na representação. Já está provado o fracasso da democracia dos partidos; deixemos espaço agora a outras formas de democracia. Sejamos criativos!

Esta mudança global é liderada por você. Não deixe que ninguém te represente.

Acampada Quito

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[MENSAGEM ORIGINAL EM CASTELHANO]

El movimiento indignado, es APARTIDISTA, PACIFISTA Y ASAMBLEARIO, no admite líderes, símbolos o banderas que no sean las del propio movimiento, por la firme creencia de que éstos elementos son los atomizadores de la fuerza del pueblo.

Queridxs compañerxs indignadoxs,

Varios son los meses que venimos mostrando nuestra indignación por cómo el mundo se está manejando entre políticos y banqueros. Varios han sido las décadas, sino centenarios, que venimos sufriéndo ese sistema; y varios son los tipos de personas que nos unimos por fin ahora para exigir una democracia real ya.

La fuerza de nuestro movimiento se basa en sumar, y sólo po demos sumar cuando estamos todos y todas incluidos. Cierto es que cada uno de nosotros/as tiene su propia idea de hacia donde dirigirse y de cómo exigirlo, pero cierto es también que haciendo una exigencia individual o partidista perdemos la fuerza del colectivo, que es al fin y al cabo, la nuestra, la que ellos temen. El objetivo del movimiento es apartidista porque buscamos la reforma del sistema democratico para hacerlo real y por tanto queremos cambiar el sistema y no estamos ni a favor ni en contra de ningun partido político. Al igual que un barco varado en la playa, da igual discutir que dirección queremos que el sistema tome si está varado y que lo que hay que hacer es ponerlo a navegar.

Desde AcampadaQuito animamos a todos aquellos grupos de indignadxs que tienen dudas sobre los pasos a seguir que reflexionen en lo que les une y no los que les separa.

Animamos a que sigan disfrutando del poder de las asambleas y del fruto d e sus consensos. Y sobretodo, animamos a que se resistan a repetir los errores de esta “democracia” basada en la representación.Ya se ha probado el fracaso de la democracia de los partidos, dejemos espacio ahora a otras formas de democracia. Seamos creativos !

Este cambio global lo lideras tú. No dejes que nadie te represente.”

AcampadaQuito

Artigo – John Holloway

Esta marcha está desafiando o domínio do dinheiro

Estes são dias de ira. Ira no mundo árabe, é claro, mas também nas ruas de Atenas, Dublin, Roma, Paris, Madri, e agora uma alta e clamorosa ira nas ruas de Londres.

Uma era de crise é uma era de esperanças frustradas, de vida frustrada. Queremos ir à universidade, mas é muito caro. Precisamos de cuidados médicos de qualidade, mas não podemos pagar por eles. Precisamos de casas e vemos casas que estão vazias, mas elas não são para nós. Ou, para as milhões de pessoas famintas: queremos comer, vemos que há muita comida para todos, mas há algo entre nós e a comida — dinheiro, ou a falta dele.

Então nos iramos. Ficamos ainda mais irados pelo fato de não sabermos o que fazer com nossa ira, e como usa-la para fazer um mundo diferente.

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Carta de Solidariedade da Acampada Quito

O movimento indignado é APARTIDÁRIO, PACIFISTA E ASSEMBLEÁRIO;
não admite líderes, símbolos ou bandeiras que não sejam as do próprio movimento, pela firme crença de que esses elementos atomizam a força do povo.

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