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Assistam ao vídeo com cena inédita que mostra que a prática de tortura era institucionalizada no Brasil da ditadura militar: [accessibleyoutube id=...

Campanha Belo Monte: Justiça Já!

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A copa não é futebol! Vídeo da ação...

Essa copa não é nossa, mas sim, da FIFA e seus patrocinadores. Ela é também das grandes empreiteiras que constroem enormes elefantes brancos e expulsa...

Seminário na USP – Terra, alimento e liberdade: O QUE VOCÊ ALIMENTA QUANDO SE ALIMENTA?

LINK AO VIVO: http://www.livestream.com/seminariocomerativa?t=529004

De 3 a 7 de Junho – Auditório do Departamento de Geografia e História da Universidade de São Paulo (Campus Butantã)

www.comerativamente.wordpress.com

Mesa 1 (dia 3/06): Hábito Alimentar, indústria e urbanização.

Prof. Henrique Carneiro (História da Alimentação) – A construção do hábito alimentar no processo de modernização
José Raimundo Sousa Ribeiro Junior (Geografia USP) – Alienação das práticas cotidianas e urbanização
Sonia Hirsch (Jornalista e escritora voltada para promoção da saúde) – Indústria alimentícia e saúde

Mesa 2 (4/06): Sistemas produtivos: aspectos socioambientais da produção em sistemas de monocultura

Hector Mondragon (Colômbia) – Origem e desenvolvimento da monocultura no sistema capitalista de produção: escravidão e domínio colonizador
Larissa Mies Bombardi – (Geografia Agrária USP) – Uma agricultura para a sustentação da indústria do agrotóxico.
Sidneide Manferdini (Pedologia- USP) – Impactos da monocultura em agroecossistemas tropicais.

Mesa 3 (dia 5/06) – Sistemas produtivos: aspectos socioambientais da produção em sistemas agroecológicos

Pieter Van Der Veld (ISA – Instituto Sociambiental) – Agroecossistemas e Manejo Indígena na bacia do Rio Negro.
Pedro Baiano (Agricultor da Cooperafloresta – Vale do Ribeira,): A produção de alimentos por meio do cultivo de sistemas agroflorestais na Mata Atlântica.
Carlos Armênio Khatounian (Agronomia – ESALQ) – Princípios da Agroecologia e potenciais agrícolas nos ecossistemas tropicais.
Ondalva Serrano (AAO – Associação de Agricultura Orgânica): Autonomia do agricultor e democratização do alimento saudável frente ao crescente mercado de orgânicos. Certificação e a construção de sistemas participativos de garantia.

Mesa 4 (dia 6/06): Soberania alimentar e sociobiodiversidade, biotecnologia e monopólio

Yamila Goldfarb – (Geografia – USP) A agricultura a partir do neoliberalismo: financeirização, desregulação e as ameaças à soberania alimentar e ao meio ambiente.
Jorge Rulli (GRR – Grupo de Reflexion Rural – Argentina) – Soberania Alimentar e monopólio da biodiversidade.
Pablo Mariconda (Filosofia – USP) – Ética na ciência. A questão dos organismos geneticamente modificados.

Mesa 5 (dia 7/06) – A questão da terra no Brasil: a luta pela terra e pela pemanência

Valéria de Marcos (Geografia Agrária USP) – Resistência e estratégias contra-hegemônicas na luta pela permanência na terra
Manoel Inácio do Nascimento e Ivânia de Alencar (Agricultores e militantes, coletivo Ciclovida, CE) – As resistências de comunidades rurais do sertão nordestino. A preservação e reprodução das sementes crioulas diante do avanço do agronegócio. O papel das mulheres nesse processo.
Quilombola – Vale Do Ribeira, SP – As limitações das Unidades de Conservação e a pratica agrícola tradicional, o uso do fogo e práticas.

Obs.: Caso deseje certificado de participação, inscreva-se pelo e-mail certificado.comerativa@gmail.com , enviando nome completo e e-mail. Não é necessária inscrição daqueles que não desejarem certificado. O evento é gratuito.

Organização: ComerAtivaMente e Coletivo Sem Nome.

AMORLOTOV: uma balada de rancores flamejantes!

 

Sábado dia 15 de dezembro ocorrerá a balada AMORLOTOV, que tem por
objetivo arrecadar dinheiro para as reformas na sede do Grupo Tortura
Nunca Mais. A sede localizada na R. Frei Caneca, é utilizada por diversos
coletivos autônomos que atuam em São Paulo e têm se tornado um pólo de
cultura livre com mostra de filmes, debates públicos, lançamentos de
livros e diversas reuniões.

O espaço precisa de algumas reformas urgentes, como por exemplo o chão da
sala de reuniões que está cedendo e precisa ser trocado. Para que estas
reformas possam ser realizadas se faz necessário, além de verba, também
mão de obra e doações de materiais de construção. Em breve iniciaremos uma
campanha de arrecadação destes materiais. Acompanhe através do blog:
https://gtnm.milharal.org

Confira o convite:
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Esquerda pró-rancor convida -  AMORLOTOV: uma balada de rancores flamejantes!

No sábado, dia 15 de dezembro, a partir das 23h, você tem um compromisso
marcado com a mais [in]esperada balada do ano!
Organizada por pessoas de coletivos autônomos de São Paulo, a festa
Amorlotov tem como objetivo arrecadar dinheiro para  a reforma no piso da
sala de reuniões de um dos nossos espaços/sede, que está cedendo. Mas para
muito além de uma reforma, a idéia de uma festa vêm no sentido de reforçar
a importância dos espaços informais para o fortalecimento das lutas no
cenário paulista.

Retomando as palavras da anarco-feminista Emma Goldman: "Se eu não puder
dançar, não é minha revolução", fazemos um chamado geral para a interação
humana! Contando com vídeos, decoração temática e distribuição de brindes,
a balada Amorlotov promete não deixar por menos o apelido de "esquerda
festiva".

AGENDE-SE
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Data: 15.dez (sábado)
Horário: a partir das 23h
Onde: Dynamite Pub - R. Treze de Maio, 363
Valor: R$10,00 (entrada só em dinheiro; consumo pode ser pago com cartão)

CARTAZ
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https://calendario.sarava.org/pt-br/evento/amorlotov-uma-balada-de-rancores-flamejantes

Aty Guasu – “Não aceitaremos mais promessas vazias”, declara assembleia Guarani e Kaiowá

Via Campanha Guarani


Foto: Ruy Sposati/Cimi

Por Ruy Sposati, de Douradina (MS), para o Cimi

Mais de 300 Guarani e Kaiowá, reunidos no Aty Guasu – grande assembleia dos povos Guarani do Mato Grosso do Sul – concluíram o encontro declarando às autoridades brasileiras: “não aceitaremos mais promessas vazias”. Os indígenas estiveram reunidos no município de Douradina, entre os dias 28 de novembro e 2 de dezembro na aldeia Panambi.

Com representação de todos os tekoha – “o lugar onde se é” Guarani, seja aldeia, retomada ou acampamento -, os indígenas fizeram duras críticas aos poderes executivo, legislativo e judiciário brasileiros, sintetizados no documento final do encontro. Para eles, os Guarani e Kaiowá vivem um contexto de massacre silencioso que “banha nossas terras apenas com o nosso sangue”, acusando que “este estado de genocídio é reforçado pelo governo brasileiro”.

Leia o documento final da Aty Guasu na íntegra

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Nota do Rizoma e do coletivo Autônomo de Campinas sobre a agressão no Autônomos FC

“Então, reconhecer a estruturalidade da violência machista é começar a criar as condições necessárias para evitá-las e, finalmente, assumir a responsabilidade quando isso acontece em nosso meio. Mas muitas vezes isso não acontece porque assumir essa responsabilidade é abrir a porta à possibilidade de nos reconhecermos na pele do agressor, o que dá eco a lamentáveis estratégias de corporativismo masculino, nos quais os companheiros guardam silêncio por medo a que suas cabeças rolem junto à dos que estão sendo assinalados abertamente neste momento.”1

Nós do coletivo Rizoma – Tendência Libertária Autônoma e do Coletivo Autônomo de Campinas vimos a público nos manifestar frente à agressão ocorrida no Autônomos e Autônomas Futebol Clube.

As atitudes intimidatórias praticadas por alguns integrantes do Autônomos Futebol Clube, e a conivência dos demais, tornaram inviável a participação segura de diversas companheiras no mesmo espaço político. Compreendemos que toda prática de opressão seja ela manifestada de forma física, patrimonial, psicológica e/ou emocional deve ser tratada com a mesma seriedade. Relativizar casos de machismo como “mais, ou menos opressivos” é reforçar os discursos de deslegitimação da denúncia feita e a manutenção das estruturas do patriarcado.

Acreditamos na autonomia de cada coletivo, organização e/ou espaço libertário para lidar com as questões de machismo da forma que seja decidida pela sua coletividade. No entanto pedimos por coerência entre os ideais libertários/anarquistas e sua prática cotidiana. Mais do que nunca, julgamos emergente o comprometimento do meio libertário/anarquista com a questão de gênero, e, por isso, entendemos que, tanto o Autônomos Futebol Clube, quanto o espaço Casa Mafalda foram coniventes ao se silenciarem perante o ocorrido.

Desta forma marcamos nossa posição e declaramos que todas as tentativas de acobertamento de agressões serão encaradas por nós como continuidade do processo opressivo. Acreditamos que, se nós, enquanto libertárixs, temos coragem para confrontar o sistema, precisamos ter ainda mais coragem para encarar os processos internos aos nossos espaços que reproduzem essas formas de dominação.

Colocamo-nos em solidariedade à todas as companheiras que rompem com a corrente do silêncio e tiram os movimentos sociais de suas zonas de conforto-opressão e os colocam em questionamento. Se nossas lutas têm suas estruturas calcadas em processos de dominação do hetero-patriarcado e não estamos dispostxs a romper radicalmente com estas bases, melhor pararmos de brincar de revolução.

Nenhuma agressão ficará sem resposta

Nota

1) Texto: Quem teme aos processos coletivos? Notas Críticas sobre a ‘gestão’ da violência machista nos movimentos sociais – disponível no blog Difusora Feminista D.I.Y: difusionfeminista.blogspot.com.br/2012/… – Tradução livre feita pelo coletivo Rizoma

Texto retirado de https://rizoma.milharal.org/2012/11/19/nota-do-rizoma-sobre-a-agressao-no-autonomos-fc/

CARTA PÚBLICA – Revista Veja: direito de resposta aos Guarani-Kaiowá já

Via Campanha Guarani

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CARTA PÚBLICA

Revista Veja: direito de resposta aos Guarani-Kaiowá já

“A escrita, quando você escreve errado, também mata um povo”. Assim afirmaram os professores Guarani-Kaiowá a respeito do que foi publicado na revista Veja, em 4 de novembro, sobre a luta de seu povo pelos seus territórios tradicionais.

Sob os títulos de “A ilusão de um paraíso” e “Visão medieval de antropólogos deixa índios na penúria” (nas versões impressa e virtual, respectivamente), a reportagem parte de uma visão: i) claramente parcial no que diz respeito à situação sociopolítica e territorial em Mato Grosso do Sul, pois afirma que os indígenas querem construir “uma grande nação guarani” na “zona mais produtiva do agronegócio em Mato Grosso do Sul”; ii) deliberadamente distorcida quanto à atuação política dos grupos indígenas supracitados e dos órgãos atuantes na região, desmoralizando os primeiros ao compará-los, ainda que indiretamente, a “massas de manobra” das organizações supostamente manipuladoras e com uma “percepção medieval do mundo”; iii) irresponsável e criminosa, por estimular medo, ódio e racismo, como se vê no seguinte trecho: “o resto do Brasil que reze para que os antropólogos não tenham planos de levar os caiovás (sic) para outros estados, pois em pouco tempo todo o território brasileiro poderia ser reclamado pelos tutores dos índios”.

A reportagem, assinada pelos jornalistas Leonardo Coutinho e Kalleo Coura, não perdeu “a oportunidade de apresentar, mais uma vez, a imagem dos Guarani e Kaiowá como seres incapazes, como [se] nós indígenas não fossemos seres humanos pensantes. Fomos considerados como selvagens e truculentos”, conforme escreveu o Conselho da Aty Guasu, a assembleia Guarani e Kaiowá, em nota pública lançada no último dia 5.

O documento repudia “a divulgação e posição racista e discriminante” do texto e reafirma a autonomia organizativa e política Guarani e Kaiowá na luta pela recuperação dos territórios. “A Luta pelas terras tradicionais é exclusivamente nossa. Nós somos protagonistas e autores da luta pelas terras indígenas. [E] nós envolvemos os agentes dos órgãos do Estado Brasileiro, os agentes das ONGs e todos os cidadãos (ãs) do Brasil e de outros países do Mundo”, afirmou a Aty Guasu. Ali também denuncia o tratamento difamatório na reportagem, reiterada na nota da Comissão de Professores Guarani-Kaiowá ao indicar que, propagando o ódio contra os indígenas, “a matéria quer colocar um povo contra outro povo. Quer colocar os não-índios contra os indíos. Essa matéria não educa e desmotiva. Ao invés de dar vida, ela traz a morte”.

*
A conjuntura em que estão inseridos os Kaiowá e Guarani lhes é extremamente desfavorável. Num momento em que se procura gerar uma negociação que busque superar os conflitos entre indígenas e fazendeiros no Mato Grosso do Sul, a revista teima em incendiar os ânimos de seus leitores ruralistas. A matéria carrega em si uma série de falhas na apuração das informações, apresentando fatos falsos ou distorcidos:

1. A reportagem expõe e reforça uma imagem distorcida e estigmatizada dos indígenas como dependentes de órgãos púbicos e privados, usuários de drogas e reféns dos interesses de indivíduos ou organizações exógenas às comunidades. Essa imagem estimula o racismo, o ódio e preconceito contra indígenas, problema histórico no Brasil, em geral, e no Mato Grosso do Sul, em particular, podendo intensificar a tensão e a violência já sofrida pelo povo Guarani-Kaiowá.

2. Aciona, também, preconceito contra a sociedade não-indígena, quando afirma que a população apoiadora da causa é manipulada, conforme explicitado na nota da Aty Guasu: a “(…) REVISTA VEJA considera que esses cidadãos (ãs) manifestantes seriam ignorantes e não conheceriam as situações dos Guarani e Kaiowá, os tachando de ignorantes aos cidadãos (ãs) em manifestação”. Há também uma passagem de sexismo sugestivo no texto, citando mulheres que “não perderam a chance de protestar de peito aberto diante das câmeras”

3. Omite a verdade quando ignora de maneira retumbante os posicionamentos públicos dos indígenas Guarani-Kaiowá organizados em sua assembleia maior, a Aty Guasu

4. Deturpa de maneira generalizada o conteúdo da carta dos Kaiowá de Pyelito Kue, imputando suas denúncias a organizações exógenas e creditando ao Cimi sua autoria e divulgação. A reportagem, no mínimo, não atentou às datas de divulgação do carta, escrita de próprio punho por lideranças de Pyelito Kue e endereçada à Aty Guas no dia 9 de novembro. Deturpações como essa são usadas para corroborar a tese de que os Kaiowá são “manipulados” pelo Cimi, pelos antropólogos e pela Funai;

5. Não foram checadas informações e acusações. As organizações citadas no texto, notadamente o Conselho Indigenista Missionário, nunca foram questionadas pela reportagem sobre as informações e acusações;

6. Uso de fonte questionável. O antropólogo citado na matéria, Edward Luz, não é pesquisador dos Guarani e Kaiowá, sequer do Mato Grosso do Sul. É, sim, missionário evangélico, membro do Conselho Consultivo do Instituto Antropos, diretor da Associação das Missões Transculturais Brasileiras (AMTB), vinculada à Missão NovasTribos do Brasil, o braço brasileiro da ONG internacional New Tribes Mission, organização que já foi expulsa ou impedida de entrar em diversas aldeias indígenas pelo órgão indigenista oficial brasileiro, a Fundação Nacional do Índio. É a mesma fonte, também, de outras matérias na revista com o mesmo teor antiíndigena;

7. Houve ma-fé no uso de informações desmentidas há tempos. As informações destacadas no mapa sobre a dita “Nação Guarani” – que revisaria limites territoriais nacionais e internacionais – e a demarcação contínua das terras do sul do Estado do Mato Grosso do Sul já foram desmentidas por indígenas e posteriormente por antropólogos e pela própria Funai, e novamente pelos indígenas durante as agendas de audiências públicas no Congresso Nacional na última semana.

8. Uso de apenas uma linha de entrevista, de maneira descontextualizada, com um único indígena – mesma fonte da matéria anterior sobre os Kaiowá e Guarani – no sentido de sugerir concordância com o texto conclusivo da matéria.

9. Exposição indevida da imagem de crianças indígenas em fotografia utilizada para ilustrar reportagem preconceituosa, com contornos sensacionalistas, ofensivos e que faz juízo de valor depreciativo de sua comunidade.

Dessa forma, o Conselho da Aty Guasu, grande assembléia dos povos Guarani Kaiowá, em conjunto com as demais organizações signatárias, vem a público denunciar a postura criminosa da Revista Veja.

A Aty Guasu Guarani e Kaiowá e a Comissão de Professores Guarani e Kaiowá exigem a investigação rigorosa e punição cabível dos responsáveis, bem como o direito de resposta aos Guarani e Kaiowá na revista Veja. Tais demandas também farão parte de Representação ao Ministério Público Federal para que este, dentro de suas competências constitucionais, tome as medidas necessárias. A imprensa é livre para se posicionar da forma que bem entenda – no entanto, os “fatos” que norteiam a reportagem citada são falsos. Não se trata de uma questão de opinião, e, sim, de irresponsabilidade. Os povos Guarani e Kaiowá já foram vitimados suficientemente por irresponsabilidades.

Dourados, 14 de novembro de 2012

Conselho Aty Guasu (Grande Assembleia do povo Guarani e Kaiowá)
Comissão de Professores Kaiowá e Guarani
Campanha Guarani

Coassinam:

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CINE OCUPA – MEGAEVENTOS E VIOLAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS

QUARTA 14/11 – “GRANDES OBRAS E SEU IMPACTO URBANO-
evento: http://www.facebook.com/events/277111592391660/

SOCIAL” Sinopse: Uma série de compilações com vídeos relatos, entrevistas, documentários de toda a parte do Brasil falando do lado obscuro destes megaeventos, do desrespeito sistemático à legislação, aos direitos humanos e aos direitos ambientais. E como a Lei Geral da Copa irá afetar direta e indiretamente no nosso cotidiano.

O CINE OCUPA é aberto, não precisa de ingresso. É só chegar!

No GTNM-SP – Rua Frei Caneca, 986 – São Paulo

Ditadura ensinou técnicas de tortura à Guarda Rural Indígena

Assistam ao vídeo com cena inédita que mostra que a prática de tortura era institucionalizada no Brasil da ditadura militar:

[accessibleyoutube id=”H0s4m1WQNmg” width=600 height=400]

Depois de 3 meses de curso no Batalhão-escola da PM-MG, os indígenas da Guarda Rural Indígena aprenderam a usar o pau-de-arara. Divulgue esse vídeo e partícipe do esforço de levantarmos subsídios para a Comissão Nacional da Verdade apurar as violações de direitos humanos contra os povos indíogenas do Brasil.

Nunca havia surgido cena tão contundente sobre a institucionalização da tortura no Brasil.

Ler matéria completa na Folha SP: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/1182605-como-a-ditadura-ensinou-tecnicas-de-tortura-a-guarda-rural-indigena.shtml

DENÚNCIA agressão sexista: casa mafalda

Publicado em 7 de novembro de 2012 por

Difundimos a carta aberta denunciando agressão sexista. A carta foi difundida em forma de panfleto na feira do livro anarquista que ocorreu 3 e 4 de novembro de 2012 em São Paulo-SP:

Cuidado ao se relacionar com Autônomos e Autônomas F.C. e Casa Mafalda:

Não são espaços seguros, sobretudo para mulheres. Por conta de uma violência pessoal via e-mail de que uma companheira foi alvo, soltamos este alerta. A violência verbal e psicológica foi causada por membros do time Autônomos F.C. e foi apoiada por diversos outros membros e membras do time e da Casa Mafalda. A desmoralização da companheira e de seu ativismo, bem como dúvida da veracidade do seu relato, ocorreu logo após sua denúncia pública e a preocupação geral interna dos coletivos citados foi em “explicar melhor” o que o agressor tinha feito por meio do descrédito, e não amparar e compreender a companheira que foi agredida. A violência verbal, aquela em que são usadas palavras para ofender moralmente alguém, muitas vezes é desconsiderada, levada como “brincadeira”, etc, mas deixa cicatrizes como qualquer outro ataque físico. Nos meios libertários, nos últimos anos, ocorrem muitas outras violências contra mulheres que resultam geralmente em auto-exclusão das agredidas e sem o suporte desse movimento. Vemos como uma obrigação tornar isso público pois sabemos que o anarquismo, se não levado à prática do dia-a-dia, é uma teoria que fica presa nas páginas dos livros. Enquanto anarca-feministas, não iremos tolerar a morte política de nenhuma companheira como preço da reparação de agressores. Repudiamos e nos retiramos dos espaços do Autônomos e Autônomas F.C. e Casa Mafalda pois não iremos pagar para ver outras violências e não iremos gastar nossa energia política em um espaço que não consegue ao menos manter respeito interno na convivência entre ativistas.

“Aquelxs que despertam são o pesadelo daquelxs que ainda dormem.” Tiqqun.

Repúdio a agressão machista no Autônomos e Autônomas FC

Na lista de troca de e-mails do autônomos, uma companheira foi agredida e ameaçada diversas vezes por parte dos integrantes Jacob Garraway e Raphael Sanz (Clashr), recebendo respaldo aberto ou conivência silenciosa pelos demais integrantes do time. Consideramos agressão machista os termos referidos à companheira, como: “Feminazi” e “misógino é o meu pau preto! Nazi do caralho”. Consideramos ameaça a segurança e integridade física da companheira falas como: “acha que eu te ofendi? Agora sim que eu tava na pilha de te ofender. / Isso pode ficar ainda muito pior.”

Claramente ameaçada, a companheira redigiu uma carta aberta explicando sua retirada do espaço. Imediatamente foi-se articulada uma rede masculinista de apoio aos agressores por meio de uma carta-resposta, que em momento algum, apresentava uma auto-crítica consistente e reflexiva diante do ocorrido. Em vez de questionar a postura machista e a incoerência política dos agressores, o discurso foi todo direcionado a atacar a companheira e questionar sua legitimidade. Na mesma carta foram veiculados o nome e sobrenome da companheira e de sua irmã, que foi compartilhada e repassada em blogs, sites e eventos com 2 mil pessoas no facebook. Essas ações tiveram o claro intuito de expor a companheira e deixá-la vulnerável a qualquer tipo de ataque, desde a morte política à morte física.

Reproduzindo o sexismo presente na nossa sociedade, o Autônomos e Autônomas FC e a Casa Mafalda partilharam da lógica de que as mulheres devem se manter afastadas dos espaços políticos, e se inserida neles, é preciso participar como figurante agindo sempre de forma que não retire os homens de sua zona de conforto, que tem como sustentáculo o nosso silêncio frente a opressão machista. É daí que surge o termo “feminazi” criado e utilizado pela reação machista que visa domesticar e submeter nossa vontade aos seus desejos e tiranias patriarcais, a fim de que exerçamos nosso feminismo e nossa voz nos limites impostos pelos homens. Em todo momento, o intuito dos agressores, dos coniventes silenciosos e dos apoiadores foi fazer a companheira se calar e temer. Temer por ter usado sua voz, por ter sido protagonista em um espaço de dominância masculina.

As inaceitáveis atitudes tomadas pelos membros do autônomos e apoiadores transmitem uma mensagem misógina muito clara a todas mulheres: quem resistir a tirania machista será ameaçada, exposta e agredida.

De tal forma, que o Autônomos e Autônomas FC e Casa Mafalda serão agora considerados por todxs que assinam essa carta, como um espaço inseguro e ameaçador para mulheres.

Este caso não é pontual, articula-se com um processo mais amplo na relação de machismo dentro dos espaços ativistas e meios libertários. Cada vez mais mulheres têm rompido o silêncio e denunciado agressores nesses espaços: como Xavier (Rafael Muniz Pacchiega) do MPL, Rádio Várzea e PassaPalavra.org, o anarcopunk Fefê e o Gustavo Oliveira da Okupa J13 e da banda Nieu Dieu Nieu Maitre.

É sabido que a reação normativa a essas denúncias é encabeçada por uma rede corporativista machista que tentam acobertar esses casos, isolando politicamente a mulher alvo de opressão, deslocando o debate para o método utilizado na resistência; e não no machismo do agressor, enquanto paralelamente o defende. A reação às denúncias visam sempre restabelecer a ordem hetero-patriarcal.

O argumento mais utilizado é que tais denúncias enfraquecem a luta em questão. Colocamo-nos inteiramente contra esse pensamento maniqueísta e manipulador, que posiciona de forma hierárquica e excludente as relações de opressão. O feminismo não é apêndice e não vem a reboque de nenhum outro movimento, apesar de estar relacionado intrinsecamente a todos eles.

Quem afirma que a denúncia anti-sexista enfraquece um movimento, está afirmando que o mesmo tem como coesão e base a violência contra as próprias ativistas. Está afirmando que o movimento precisa do machismo e da misoginia para existir. “Enfraquecer” o movimento é um argumento oportunista que visa à manutenção da dominação masculina nesses espaços.

Na medida em que são agentes ativos de opressão, indivíduos que lutam veementemente para a manutenção de seus privilégios enquanto machos de uma sociedade hetero-patriarcal capitalista, jamais poderão ser agentes válidos para a libertação de nada.

Repudiamos as agressões machistas infligidas contra a companheira pelos Autônomos e Autônomas FC e Casa Mafalda, assim como toda a rede de solidariedade que foi articulada em apoio aos agressores Jacob e Raphael. Exigimos retratação pública imediata da Casa Mafalda e do Autônomos e Autônomas FC, não só pela carta-resposta como pela conivência sexista na época do ocorrido.

MEXEU COM UMA MEXEU COM TODAS!

NENHUMA AGRESSÃO FICARÁ SEM RESPOSTA!

Assinam:

Rede de Feministas Autônomas

Coletiva AnarcaFeminista Marana

Coletivo Minas Terrestres

Ato “Copa pra Quem?” Dia 1º de dezembro, às 13h

Via Comitê Popular da Copa de São Paulo

O Comitê Popular da Copa SP, os movimentos sociais, as organizações e os coletivos abaixo assinados convidam:
Ato “Copa pra Quem?” dia 1º de dezembro, às 13h

com concentração em frente à Ocupação da Rua Mauá n. 340

“basta o amor pelo esporte para hipnotizar desavisados”
– Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira

Copa pra quem?

Somos torcedores impedidos de ir ao estádio. Somos trabalhadores ambulantes impedidos de trabalhar. Somos moradores de favelas e ocupações despejados ou ameaçados de perder nossas casas. Somos sem terra e sem teto organizados em luta. Somos mulheres, somos crianças e adolescentes, somos LGBT e sofremos toda forma de violência e exploração sexual. Somos pobres, pretos, periféricos, e somos exterminados na calada da noite por um Estado terrorista. Somos o povo da rua, somos pessoas com sofrimento mental, somos trabalhadoras do sexo, expulsos do centro da cidade, internados compulsoriamente, presos sem condenação. Somos trabalhadores da construção civil, explorados e precarizados no nosso trabalho. Somos idosos e pessoas com deficiência discriminados. Somos cidadãos cujos impostos são desviados do orçamento público para o benefício particular de uns poucos. Somos jogadores e jogadoras de futebol e nossos campos de várzea foram tomados. Somos amantes do futebol. Somos 99% da população.

Desde que o Brasil foi anunciado sede da Copa do Mundo de 2014, diversos impactos tem sido sentidos pela população. Em vez de ser motivo de celebração do esporte mais popular do país e melhoria na vida das pessoas da cidade, a preparação para este megaevento tem sido utilizada para aumentar, acelerar, e intensificar violações de direitos humanos por toda a cidade.

Em primeiro lugar, as remoções forçadas de milhares de pessoas de suas casas sem alternativa de moradia digna, para dar lugar a obras viárias que nem sequer foram discutidas com a população, além de incêndios criminosos em favelas e da expulsão da população em situação de rua do centro da cidade num violento processo de limpeza social. A cidade está entregue ao mercado imobiliário e à especulação financeira numa lógica de megaeventos e megaprojetos, proibida aos seus habitantes. O transporte público representa uma humilhação cotidiana para os trabalhadores nos seus trens e ônibus lotados e exclui quem não pode pagar sua tarifa caríssima, enquanto o transporte individual é incentivado e priorizado.

 

Nas obras, a precarização dos direitos e condições de trabalho daqueles que constróem a cidade, e nas ruas a perseguição aos trabalhadores ambulantes, impedidos de trabalhar. Assistimos a um processo de militarização da cidade através de operações policiais que tem como alvo criminalizar, reprimir e exterminar a própria população – especialmente pobres, negros e periféricos, e os movimentos sociais – militarização que pouco tem a ver com o combate ao crime, e se estende até o policiamento de condutas em que somos todos suspeitos. Nos estádios, torcedores são criminalizados, ingressos caros elitizam o acesso ao espetáculo e as manifestações da cultura do futebol, com bandeiras e instrumentos, foram proibidas. Para que tudo isso aconteça, a aplicação de mais de 30 bilhões de reais – dinheiro público – em obras para um evento que será acessível a poucos e que tanta falta faz na saúde, educação, moradia, transporte e no próprio esporte… Com o evento, cresce a exploração sexual de mulheres e crianças e o tráfico de pessoas para estes fins.

Pensando nesses impactos e na possibilidade de organização popular para resistir e fazer o contraponto a este processo, e entendendo que a cidade e o futebol são do povo e não de cartolas, entidades privadas como a FIFA ou a CBF, corporações como a Coca Cola, governos ou empreiteiras, o Comitê Popular da Copa SP – grupo aberto de articulação e resistência contra impactos e violações de direitos humanos da Copa do Mundo de 2014 em SP – e as organizações e coletivos abaixo assinados convidam os movimentos sociais, organizações e entidades de defesa dos direitos humanos, coletivos autônomos, artistas, jornalistas, estudantes, pesquisadores/as e trabalhadores/as em geral para que se somem à organização de um grande ato
dia 1º de dezembro, data do sorteio das chaves da Copa das Confederações da FIFA em SP, com concentração a partir das 13h em frente à Ocupação da Rua Mauá,
quando perguntaremos aos governos responsáveis por essa situação, afinal,
“COPA PRA QUEM?”

As reuniões para organização do ato são abertas e tem acontecido na Rua Mauá, n.340.
A próxima reunião será esta quinta-feira dia 22/11 às 18h.

Para aderir ao manifesto, envie um e-mail com o nome da organização / coletivo / movimento para: comitepopulardacopasp@gmail.com

 

Assinam o Manifesto “Copa pra Quem?”:

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Campanha Belo Monte: Justiça Já!

Via MXVPS

Belo Monte: Justiça Já!
Uma campanha pelo julgamento dos processos do caso Belo Monte emperrados na Justiça

Assine a petição: http://salsa.democracyinaction.org/o/2486/l/por/p/dia/action/public/index?action_KEY=11888&start=75

A campanha Belo Monte: Justiça Já! foi criada para a sociedade exigir o julgamento de ações paralisadas na justiça brasileira, que questionam violações de direitos humanos e a legislação ambiental decorrentes da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira no Pará.

O licenciamento ambiental de Belo Monte permanece na ilegalidade com a conivência da Justiça brasileira! Dezenas de ações movidas pelo Ministério Público Federal, Defensoria Pública do Estado do Pará e entidades da sociedade civil estão emperradas há anos sem justificativa!

A demora injustificada da Justiça para resolver a situação, , permite que as obras de Belo Monte avancem na ilegalidade, utilizando dinheiro público, violentando o meio ambiente e as populações da região sobre os 600 metros do rio Xingu ainda em liberdade. Mas se exigirmos agora do Judiciário Brasileiro JUSTIÇA JÁ ao caso Belo Monte, juntos, podemos mudar o rumo dessa história!

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