Um relato sobre "A diversidade sexual, a homofobia e a violência estatal"

Na noite do dia 6 de novembro, os acampados do Anhangabaú se reuniram para debater “A diversidade sexual, a homofobia e a violência estatal”. Discutiu-se de forma ampla e aberta, as múltiplas formas de opressão contra a diversidade sexual. Foi uma roda livre de conversa que debateu os assuntos do GLBTT, mas não se restringiu à eles.

Depois de uma roda de apresentação, falou-se sobre as formas históricas de opressão às chamadas minorias, a reprodução dos preconceitos, as formas de superar tais preconceitos e a necessidade de tratar amplamente os problemas sociais. As lutas não podem ser isoladas nem devem ser cooptadas pelos poderes políticos e econômicos.

A violência também foi debatida em assuntos como o uso corretivo” da violência sexual, o estupro utilizado em diversos países como arma de guerra e as formas de negação e repressão do prazer e do libido. Além disso, criticou-se os discursos que se utilizam do “natural” e do “biológico” para justificar a opressão.

Sabemos que os gêneros e as sexualidades são muitas e que elas não podem ser enquadradas nos papéis sociais que nos são impostos. Por isso, nos reuniremos mais vezes para debater e continuar nossa luta. Fazemos o convite para que você também participe e contribua.

11 comments on “Um relato sobre "A diversidade sexual, a homofobia e a violência estatal"

  1. Leo disse:

    Como painel multifocal, tudo bem. Mas vejo que em muitos lugares a palta do movimento é toda igual à do PSOL, que tenta cooptar grupos minoritários pra fazer a sua política. Se é partido, se é política, acaba sendo pretexto usar as minorias. Se vcs falam mau da política tradicional, não pode ter ligação com partido, que na verdade é que tá organisando tudo. Eu tive numa reunião no começo do ano que já propunha isso e era organisado pelo PSOL. Acho errado usar o pessoal.

  2. Acampado disse:

    Oi Leo,
    Felizmente não é o PSOL que está organizando. Eles sabiam do chamado e tentaram compor para depois esvaziar o movimento. Hoje, eles não estão mais participando de nada. Já deixaram de ser um grupo dentro da acampada no primeiro dia. Felicidades por suas aspirações. Nossa pauta de diversidade é bem mais profundas do que qualquer partido pode propor.

  3. lélia disse:

    duas coisas: primeiro temos que nos ater a essa linguagem EXCLUDENTE que é utilizada no genérico masculino, invisibilizando a existência das mulheres presentes, dá a impressão que só são homens que estão acampando, OS acampados? e as mulheres, onde estão? logo seria, as/os acampadas/os ou as pessoas acampadas. isso é muito importante e e relevante para a pauta de democratização, reconhecer as mulheres na fala. por uma linguagem INCLUSIVA, porque quando falamos TODOS, todAS estão excluídas. e outro detalhe, é movimento LGBTT, o L vem antes, outra luta das mulheres lésbicas em busca da visibilidade. são sutilezas que temos que estar dispostas e dispostos a perceber, senão anulamos a existência de algumas pessoas em detrimento de outras.

  4. Ademir disse:

    Eu discordo do Acampado e concordo com o Leo e a Lélia. Tem que incluir mesmo todos os segmentos, nosso partido tem grupo de gênero pra isso. Com relação à organização, nossa agenda tá toda lá, o psol é que organiza em Salvador, RJ, Campinas, aqui então nem se fala: até o Plínio foi o primeiro a parabenizar. Claro, é ‘anônimo’ … rs.

  5. Acampado disse:

    Ademir, existem pessoas do PSOL que participam. A sigla PSOL não organiza nada. Não confunda as pessoas.

  6. Magdelina disse:

    I’m out of league here. Too much brain power on dspialy!