Tag: repressão policial

MUNDURUKUS – Comunicado da Comunidade Indígena Teles Pires

Conforme informações repassadas por indígenas do Posto Indígena Teles Pires diretamente para os indígenas parentes, na sede do município de Jacareacanga, ocorreu naquela aldeia (TELES PIRES) intervenção de Agentes da Policia Federal justificado, para dar-se cumprimento a Operação denominada Eldorado, que visa conter e paralisar a atividade garimpeira na região.
-Uma equipe composta por dezenas de policiais, chegou à aldeia por volta das oito horas deste dia (07) fortemente armada, conduzida por um grande aparato de transporte que consistia em helicóptero, voadeiras, quando ocorreu o sobrevoo de helicóptero, causou pânico na aldeia com parte da comunidade embrenhando-se na mata, ocasião em que a aldeia ficou quase vazia e ao verem pessoas estranhas invadindo a aldeia, os guerreiros se manifestaram mesmo sem esboçar ameaça em defesa dos seus com simples armas artesanais da cultura indígena servindo de proteção para o grupo tribal, ato seguido o forte aparato policial deflagrou vários tiros em direção aos indígenas, nesse momento ocorrendo reação por parte desses que desferiram flechadas contra os invasores resultando em muitos indígenas feridos com balas de borrachas e seis desses com projeteis real. Pelo lado dos Policiais registra informação de um delegado, não confirmada pelos indígenas, que foram atingidos quatro policiais com flechadas, entretanto não ocorrendo vitimas fatais, os feridos foram deslocados para a cidade de Alta Floresta.
-A invasão na aldeia, provocou confusão entre os índios que não sabiam da operação e nunca tinham visto tanto aparato de guerra, com o helicóptero da PF jogando às proximidades da aldeia bombas provavelmente de efeito moral e muitos tiros o que ocasionou pânico entre os indígenas, com muitos velhos desfalecendo na correria ou em fuga, e ainda crianças desesperadas diante da violência que foram alvos.
-Que foi confirmado a morte de um indígena Adenilson Kirixi munduruku, foi morto a tiro pelo delegado da policia federal, segundo outro indígena que tava perto dele, as policias não quiseram conversa com nimguem, eles teriam descido receber eles para saber oque realmente eles iriam fazer na aldeia, mas infelizmente foram recebidos a tiros, delegado acertou e deu vários tiros no peito do indígena, mesmo ele sem defeza, atirou ate dentro da água.
-A Aldeia está sitiada pela PF, que controla a comunicação via radio não deixando os indígenas se comunicarem. Essas informações foram repassadas por dois indígenas que fugiram do cerco chegando até uma aldeia próxima para se comunicarem com parentes em Jacareacanga.
-A aldeia está completamente sitiada pelos agentes que para evitar a fuga dos indígenas colocaram minas em vários pontos da aldeia impedindo de saírem para suas roças ou fugirem do local conflitado.
-Mesmo diante da intervenção, os indígenas não sabem a razão desse trabalho pois ninguém ainda esclareceu para os mesmos a motivação da operação. Ao se falar sobre garimpagem, a aldeia não abriga garimpos bem como nenhuma atividade de garimpagem.
-Devido a debandada geral, há crianças desaparecidas na mata, ocorrendo também explosões de equipamentos como maquinários da comunidade entre esses motores de popa que serve unicamente para transporte dos indígenas, voadeiras, rádios, e para espanto geral a pista de pouso foi dinamitada impedindo o uso para retiradas de emergências de indígenas enfermos.
-A intervenção remonta aos tempos da ditadura onde pessoas foram constrangidas moral e fisicamente, com idosos sendo empurrados, mulheres indígenas chamadas de vagabundas eprostitutas.
-A coordenadora da Sesai DSEI-Tapajós (saúde Indígena) Cleidiane Carvalho, preocupada com o estado de saúde dos indígenas atingidos que encontram-se em Alta Floresta está providenciando uma aeronave para transportar os indígenas feridos para Belém ou Brasília.
-Os indigenas que moram em Jacareacanga, foram até a Câmara de Vereadores pedir a composição de uma comissão para ir até o local do conflito avaliar a situação já que uma equipe de lideres indigenas de Jacareacanga que iria até o local de avião foi proibida de pousar, a proibição está estendida a qualquer avião de qualquer instituição. Por isso o apelo dos indígenas em solicitarem aos vereadores que fossem até a aldeia como autoridades constituídas do município.
Jacareacanga, 07 de Novembro de 2.012
O líder e estudante Sandro Munduruku, do Teles Pires, é quem envia o relato.

http://pontodepauta.wordpress.com/2012/11/08/comunicado-comunidade-indigena-teles-pires/

Repressão após término do panelaço. Ação direta no mascote da copa do mundo em SP

Neste exato momento o panelaço do #13º SP chegou no ponto final da marcha que passou por varias ocupações do centro. Ao chegar no Vale do Anhangabaú, os manifestantes se depararam com o boneco mascote da copa do mundo e começaram a gritar palavras. Alguns dos manifestantes pularam as grades que protegiam o boneco da coca-cola e o furaram. A GCM (Guarda Civil Metropolitana) apareceu e está tentando levar a delegacia um morador da favela do moinho como suspeito de depredar patrimônio privado. Todxs xs outros manifestantes estão em apoio a ele. Se a policia levá-lo obrigado ao D.P. todxs irão juntos. Mas seguiremos resistindo!

#Solta ou leva todo mundo!!!!
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Após longas horas de negociação, conseguimos recuperar o RG dele e fazer com que fosse liberado.

20 ANOS DO “MASSACRE DO CARANDIRU” – MANIFESTO DA REDE 2 DE OUTUBRO

Via Rede 2 de Outubro

2 de outubro de 1992: uma pequena desavença entre presidiários do pavilhão 9 da Casa de Detenção do Carandiru se transforma em uma rebelião desprovida de viés reivindicativo ou de fuga. Apesar disso, o Governo Estadual da época determinou a invasão da Casa de Detenção por centenas de policiais militares que exterminaram a sangue frio, no mínimo, 111 pessoas desarmadas e desesperadas. Foi a maior chacina da história do sistema penitenciário brasileiro, fato nomeado historicamente como o “Massacre do Carandiru”.

Só comparável aos grandes massacres indígenas e africanos do período Escravocrata, e aos massacres de grandes rebeliões populares ao longo da toda história do país, como Palmares e Canudos, a “lógica dos massacres” no entanto permanece presente hoje, e até intensificada. A exemplo do que ocorreu em relação às prisões, torturas e assassinatos da Ditadura Civil-Militar brasileira (1964-1988), também em relação ao “Massacre do Carandiru”, ocorrido em pleno regime ‘democrático’, operou-se e ainda se opera uma série de medidas para negar às vítimas e à sociedade o Direito à Memória, à Verdade e à Justiça.

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Corão da Mentira – 2º Desfile: Quando vai acabar o genocídio popular?

Via Cordão da Mentira


CORDÃO DA MENTIRA ESTÁ DE VOLTA! ou AS RUAS SÃO PARA LUTAR! (e quem não luta, dança).

O Cordão sairá às ruas no dia 29 de setembro (sábado) com o tema “Quando vai acabar o Genocídio Popular?”. A concentração é a partir das 11h, no Largo General Osório, onde terminamos o desfile passado.

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#Moinho Resiste!

[youtube]Ah_O6tNADIc[/youtube]

ARRECADAR E RESISTIR (Mutirão de arrecadação de produtos de higiene para Pinheirinho)

Feedback:

Cerca de 100 pessoas estiveram presentes no evento! As falas dos palestrantes foram muito esclarescedoras e tivemos a participação de várias pessoas de Pinheirinho. Nem a chuva atrapalhou! Tivemos alguns problemas com o som, mas este foi só o primeiro, preparem-se que logo vem mais e melhor! O filme “A estratégia do Caracol” terminou com um salvo de palmas!

A arrecadação foi um sucesso, vamos enviar um frete lotado para as famílias atingidas.

Se você perdeu este, nos envie um e-mail para te incluirmos no mailing de informes dos próximos.

15osp@riseup.net

Agradecimentos também à todos os coletivos que fizeram este evento acontecer e a todas as pessoas envolvidas!

Somos todxs Pinheirinho!

Em breve as fotos e o vídeo do debate!

Coletivos envolvidos: Ocupa Sampa, Manifestação.org, Movimento Passe Livre, Biblioteca Terra Livre, Casa Mafalda, Autônomos Futebol Clube, Saravá e Armas Menos Letais.

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O ano de 2012 mal começou e já temos relatos graves que ligam os temas especulação imobiliária, violência do Estado e desrespeito aos direitos humanos. Em menos de um mês e meio, testemunhamos a desocupação de dois prédios no centro de São Paulo (av. São João e Conselheiro Névias); a violência policial contra usuários na região da luz, um claro processo de higienização da área; e o caso Pinheirinho, em que as denúncias de abusos chegaram à Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização dos Estados Americanos (OEA).

Questões sociais tornam-se caso de polícia e direitos conquistados irrelevantes frente à instituição da propriedade privada. No domingo (12/02), estaremos mais uma vez dizendo não ao terrorismo de Estado neste evento em solidariedade às famílias de Pinheirinho.

 



ENTRADA LIVRE

PROGRAMAÇÃO:

14h: sarau/microfone aberto

17h: DEBATE
.Paulo Arantes (professor e filósofo da USP);
.Isadora Guerreiro (arquiteta e coordenadora do coletivo USINA, entidade sem fins lucrativos que presta assessoria técnica a movimentos populares na área de habitação popular e reforma urbana);
.Rose Nogueira (presidente do Grupo Tortura Nunca Mais SP);
.Manoel Del Rio (advogado da FLM);
.Toninho, Marrom (Sindicato dos Metalúrgicos de SJC) e comissão de moradores do Pinheirinho.

 

20h: exibição do filme Estratégia do Caracol, longa que conta a história e estratégias de resistência de famílias em Bogotá que sofrem por conta da especulação imobiliária.

Durante todo o evento:
. mural livre para intervenções artísticas (ou não) para ser enviado a Pinheirinho – tragam seus canetões, tintas, pincéis etc.
. venda de livros pela Biblioteca Terra Livre
. comes e bebes (vegan) – tragam dinheiro!
. exibição de vídeos sobre Pinheirinho


LISTA DE MATERIAIS A SEREM ARRECADADOS:

Fraldas (infantis e geriátricas)
Sabonetes
Creme dental
Shampoo
Condicionador
Desodorante
Cotonetes
Papel higiênico
Lenços umedecidos
Escovas de dente
Escovas de cabelo
Mamadeiras
Chupetas
Absorventes
Toalhas (de rosto e banho)

Ato dia 25 – Especulação extermina: basta de trevas na Luz e em São Paulo!

Depois de churrascão e em apoio aos removidos do Pinheirinho, novo ato contra a militarização vai até Alckmin e Kassab na manhã desta quarta-feira, 25, em São Paulo, na Praça da Sé

Moinho, Pinheirinho, “Cracolândia”. Além de décadas de descaso por parte do poder público, estas regiões ganharam um novo elemento em comum: o terrorismo de Estado, que carrega consigo inúmeras denúncias de abuso de autoridade, racismo, violação de direitos humanos e tortura. Fica cada vez mais evidente que a política do governo paulista está calcada na militarização como instrumento de garantia dos lucros da iniciativa privada que a financia. Fica também cada vez mais claro que é hora de dizer BASTA.

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Hoje 19:30 – Roda de conversa

Hoje às 19:30 o Acampa Sampa chama todxs para seguir com os debates políticos!

O que? Roda de Conversa: “Negócio de policia: repressão ao comércio ambulante e valorização imobiliária no Centro de São Paulo”

Com quem? com Carlos Freire, doutorando de Sociologia na USP, mas o debate está aberto à participação de todxs

Que horas e onde? 19h30min no MASP

Até lá!

Final de semana de ataque à democracia e ao direito de livre manifestação

No domingo à tarde, sob a alegação de garantir a segurança do evento de inauguração da árvore de natal do Ibirapuera, a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana fecharam a praça Mahatma Gandhi (nome oficial: Praça Tulio Fontoura) e nos obrigaram a retirar as faixas e barracas do local.

Isso não impediu que durante a inauguração da árvore fizessemos um ato de protesto. Após o ato, foi marcada uma Assembléia para quarta-feira (dia 7) às 19h. no MASP (link do evento no facebook).

O direito de livre manifestação e reunião é garantido pela Constituição. Não vamos abrir mão disso! Nossas barracas são parte da nossa manifestação e não podem ser desarmadas. Nossas barracas são nossas barricadas!

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No mesmo dia, em outro ponto da cidade (Vale do Anhangabaú), o Resistência Ocupa sofreu violenta repressão da Guarda Civil Metropolitana. A GCM chegou no Anhangabaú às 7h da manhã (quando muitos ainda dormiam em suas barracas) junto com um caminhão cata-bagulho da subprefeitura da Sé. Não houve qualquer tipo de negociação ou apresentação de ordem judicial. Eles retiraram tudo de forma truculenta, muita gente não teve tempo de tirar as coisas de dentro das barracas.

Por volta das 14h. a GCM retornou para terminar o serviço, com novas agressões e apreensões. Nesse momento recolheu parte dos celulares e câmeras a fim de apagar as imagens dos abusos cometidos.

Parte das famílias buscou abrigo provisório nas Ocupações de edifícios do Centro. O restante continua nas ruas… sem barracas.

Veja o vídeo com depoimentos dos manifestantes:

[youtube]cETI743Nn0k[/youtube]

Página do Resistência Ocupa no Facebook

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No Rio de Janeiro, na madruga de Domingo, o Ocupa Rio foi removido por meio de uma ação conjunta da Guarda Municipal e da Polícia Militar em várias localidades do centro. Os ocupantes não reagiram, não houve confronto.

Mais informações

Moção de repudio à reintegração de posse da praça dos ciclistas. Apoio ao Acampa Sampa!

Nós, estudantes da Universidade de São Paulo, repudiamos a reintegração de posse da praça dos ciclistas na Avenida Paulista, que está sendo ocupada pelo grupo Acampa Sampa desde o dia 23 de novembro, para se integrar à Marcha Continental pela Educação no dia 24.

No dia 25 de novembro, queria-se acionar esta reintegração ordenada pelo Governador Gerardo Alckmin, para o que chamou a Polícia Militar e a tropa de choque comandada pelo Capitão Del Vecchio, esperando agir terminado este fim de semana.

Clamamos pela liberdade de expressão que se manifesta na comunidade na ocupação dos espaços públicos, e pela não criminalização dos movimentos sociais que são perseguidos pelo Estado e suas forças militares.
Hoje, Sábado às 20h se realizará uma aula pública com os ex presos políticos da USP na praça.

Apoiamos a Ocupa Sampa, tua luta é nossa luta!

Estudantes da Universidade de São Paulo.
26 de novembro de 2011.