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Protestos no Ibama: “inundar Xingu dos outros é refresco”

Direto do portal do Movimento Xingu Vivo

Ações em São Paulo e Belém marcaram o aniversário de dois anos da concessão da Licença Prévia para construção da barragem mais polêmica do mundo

Publicado em 02 de fevereiro de 2012

Na tarde de quarta-feira, 1, manifestantes contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte protestaram em frente às sedes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de São Paulo e Belém. A data marca os dois anos da concessão da Licença Prévia (LP) para a construção da barragem.


Em São Paulo, a fachada do edifício foi inteiramente pintada com jatos de tinta azul, simbolizando o alagamento da entidade e peixes podres jogados em seu jardim. No portão foi afixada uma faixa com os dizeres: “Inundação no Xingu dos outros é refresco”.

Em Belém também ocorreram protestos em frente à sede estadual do Instituto. Um “bolo do desenvolvimento” comemorando os dois anos teve suas velinhas assopradas por um manifestante mascarado de Dilma Rousseff.

Confira os vídeos dos atos.

São Paulo:

[youtube]HgP17K3xjQQ[/youtube]

Belém:

[youtube]0QAww_Muew4[/youtube]

 

Protesto interrompe obra de barramento do Xingu por uma hora

Publicado em 18 de janeiro de 2012
Por Xingu Vivo

Organizações sociais de Altamira e ativistas do movimento OcupaSampa, que estão na cidade, realizaram nesta quarta-feira, 18, uma ação direta no Xingu em protesto contra a construção da primeira ensecadeira no rio, o barramento provisório que permitirá a construção do paredão da barragem de Belo Monte. Nesta segunda, o Movimento Xingu Vivo para Sempre noticiou o início das intervenções no rio, e na terça o Ministério Publico Federal enviou um questionamento oficial ao Ibama, à Funai, à Agência Nacional de Água e à Norte Energia após receber denúncia dos índios Arara, cuja aldeia fica abaixo da ensecadeira, de que as águas que usam para beber, cozinhar e banhar estavam enlameadas e impróprias para o consumo.

Pela manhã, cerca de 30 pescadores, ribeirinhos, moradores dos bairros que serão alagados, freiras, estudantes, indigenistas e trabalhadores se dirigiram em três barcos à comunidade do Arroz Cru, que fica a poucos quilômetros do local onde a Norte Energia iniciou a construção da ensecadeira, para preparar o ato.

Por volta das 10h, os manifestantes chegaram de surpresa ao local da obra, no Sítio Pimental, com uma faixa de 40 metros de comprimento com os dizeres: “Belo Monte: aqui tem crime do governo federal”, e interromperam os serviços que estavam sendo realizados pelos trabalhadores.

Uma comissão do ato conversou com todos os operários que estavam no local, para garantir a segurança e o caráter pacífico da manifestação. Em seguida, caminhões e tratores foram pintados com tinta vermelha, simbolizando o sangue do Xingu e de suas populações. “CCBM [Consórcio Construtor Belo Monte] assassino” e “isso foi só um recado”, diziam alguns dos grafites que decoravam os veículos. Enquanto estudantes salpicavam os tratores com sangue simbólico, os operários bateram em retirada.

Durante o ato, os trabalhadores e encarregados apenas filmavam os manifestantes – alguns por curiosidade, outros por obrigação -, mas afirmaram que teriam sido orientados a não reagir.

Posteriormente, os manifestantes atravessaram os 430 metros do rio de uma margem à outra, na ilha do Pimental, onde a Norte Energia iniciou o desmatamento de 15 mil hectares (o equivalente a 15 mil campos de futebol) autorizados pelo Ibama, para verificar a extensão do estrago ambiental.

“Hoje fizemos uma manifestação simbólica, paramos as obras da primeira intervenção no Xingu por uma hora, mas nossa revolta é enorme. A água já está poluída, as árvores estão tombando, e tudo isso acontece enquanto mais de 13 ações correm na Justiça por crimes envolvendo Belo Monte. Mas queremos deixar claro que, apesar do massacre moral que estão querendo nos impor, estamos prontos para uma guerra, pelo nosso rio, pela nossa gente, pela nossa vida”, afirmou Antonia Melo, coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre.

Escravos de Zara – ação do dia 10.dezembro

10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos

Assista o vídeo da ação na loja ZARA – Franquia Espanhola acusada de manter trabalho escravo para confecção de suas roupas e que tem se negado a assinar o Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público.

ESCRAVOS DE ZARA

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DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS:

Artigo IV

Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas.

Artigo XXIII

1.Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para proteção de seus interesses.

Artigo XXIV

Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e férias periódicas remuneradas.

Ação direta

Ontem integrantes do AcampaSampa colocaram o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, na parede em uma ação direta após a pré-estreia  do filme “Tancredo – A Travessia”, do cineasta Silvio Tendler.

Quando estava saindo do filme, no Shopping Bourbon, localizado na zona oeste de São Paulo, Alckimin foi abordado por integrantes do AcampaSampa, e deu a entender que não sabia da existência do nosso movimento (será?).

O tucano ficou embaraçado quando deu de cara com manifestantes, que levavam cartazes e gritavam frases como “o povo unido governa sem partido” e “não nos representa”.

[youtube]FOLFEdbti_8[/youtube]