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Nota de Apoio ao Acampa|Ocupa Sampa – Organização Libertária Popular

NOTA DE APOIO AO OCUPA | ACAMPA SAMPA

Como resposta à atual conjuntura de crise economica mundial, um movimento global de ocupação das praças vem demonstrando que os povos não aceitarão as sanções impostas pelos governos como medidas para salvar o capitalismo transnacional.
Os governos no entanto, vem de todas as maneiras tentando conter as insurgências populares em todas as regiões do globo, reprimindo de forma rotineira as manifestações, ocupações e movimentos contra o capital e seus agentes. Exemplos esses são os últimos acontecimentos em Oakland, Wall Street, na greve geral dxs estudantes do Chile, na Grécia, na Espanha, em Portugal e tambem no Brasil. Para enumerar alguns casos de uso de força para conter os impetos insurgentes do povo, podemos citar aqui os casos mais recentes da UNIR, em que, estudantes, professorxs e trabalhadorxs estão sendo ameaçadxs de morte; na USP a polícia reprimiu duramente xs estudantes que ocupavam a reitoria com um contigente de guerra, contendo em torno de 400 PM’s entre tropa de choque, cavalaria, GOE, etc; outro exemplo caro é como xs capitalistas tem tratado as populações indigenas em demonstrações de uso de força nos caso do Santuário dos Pajés, na resistência a construção da usina de belo monte e no MS; Também apontamos a chacina sangrenta que ocorre no norte do Pará e os vários atentados contra os movimentos e lutadorxs camponesxs da região.
Dessa vez, o alvo da repressão de estado, são xs lutadorxs do OCUPA | ACAMPA SAMPA, que na tarde de hoje receberam a intimição de deixarem a praça até o período da noite, sendo ameçadxs de reintegração de posse caso o aviso não seja cumprido. Essa medida é claramente uma retaliação xs lutadorxs que se posicionam contra as medidas legalistas de contenção da crise economica; porém dessa vez temos que destacar ainda mais um agravante:
Na última terça-feira, dia 22 de novembro de 2011, foi nomeado como comandante da rota o tenente-coronel Salvador Modesto, responsável pelo massacre do Carandiru em 1992. Ou seja, trata-se de um assassino confesso!
Por isso, declaramos total apoio xs lutadorxs do OCUPA | ACAMPA SAMPA, e explicitamos que não aceitaremos, nem ficaremos omissos diante de qualquer tipo de repressão que haja xs lutadorxs do povo.
NÃO À REPRESSÃO AOS MOVIMENTOS SOCIAIS E AS LUTAS POPULARES!
OCUPE, CRIE, LUTE. PODER POPULAR!

ORGANIZAÇÃO LIBERTÁRIA POPULAR
MARÍLIA, 25 DE NOVEMBRO DE 2011

CARTA DE SOLIDARIEDADE DA ACAMPADA QUITO

O movimento indignado é APARTIDÁRIO, PACIFISTA E ASSEMBLEÁRIO;
não admite líderes, símbolos ou bandeiras que não sejam as do próprio movimento, pela firme crença de que esses elementos atomizam a força do povo.

Queridos e queridas companheiras indignadas,

Por muitos meses temos mostrado nossa indignação diante da maneira como o mundo está sendo gerenciado por políticos e banqueiros. Por muitas décadas, senão séculos, temos nos submetido a esse sistema; e muitos são os tipos de pessoas que, por fim, se uniram agora para exigir uma democracia real já.

A força de nosso movimento consiste em somar, e só podemos somar quando estamos todos e todas incluídos. É claro que cada um de nós tem sua própria ideia de para onde ir e como exigir isso, mas também é claro que, fazendo exigências individuais ou partidárias, perdemos a força do coletivo — que é enfim a nossa força, a força que eles temem.

O objetivo do movimento é apartidário porque buscamos a refundação do sistema democrático para torná-lo real, e portanto queremos mudar o sistema e não estamos nem a favor nem contra nenhum partido político. Como um barco encalhado na praia, não adianta discutir que direção queremos que o sistema tome se ele está encalhado: o que é preciso fazer é lançá-lo para navegar.

Daqui da Acampada Quito, incentivamos todos os grupos de indignados e indigadas que têm dúvidas sobre os passos a seguir para que reflitam sobre o que os une, e não sobre o que os separa.

Incentivamos vocês a seguirem desfrutando do poder das assembleias e do fruto de seus consensos. E, sobretudo, incentivamos vocês para que se recusem a repetir os erros desta “democracia” baseada na representação. Já está provado o fracasso da democracia dos partidos; deixemos espaço agora a outras formas de democracia. Sejamos criativos!

Esta mudança global é liderada por você. Não deixe que ninguém te represente.

Acampada Quito

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[MENSAGEM ORIGINAL EM CASTELHANO]

El movimiento indignado, es APARTIDISTA, PACIFISTA Y ASAMBLEARIO, no admite líderes, símbolos o banderas que no sean las del propio movimiento, por la firme creencia de que éstos elementos son los atomizadores de la fuerza del pueblo.

Queridxs compañerxs indignadoxs,

Varios son los meses que venimos mostrando nuestra indignación por cómo el mundo se está manejando entre políticos y banqueros. Varios han sido las décadas, sino centenarios, que venimos sufriéndo ese sistema; y varios son los tipos de personas que nos unimos por fin ahora para exigir una democracia real ya.

La fuerza de nuestro movimiento se basa en sumar, y sólo po demos sumar cuando estamos todos y todas incluidos. Cierto es que cada uno de nosotros/as tiene su propia idea de hacia donde dirigirse y de cómo exigirlo, pero cierto es también que haciendo una exigencia individual o partidista perdemos la fuerza del colectivo, que es al fin y al cabo, la nuestra, la que ellos temen. El objetivo del movimiento es apartidista porque buscamos la reforma del sistema democratico para hacerlo real y por tanto queremos cambiar el sistema y no estamos ni a favor ni en contra de ningun partido político. Al igual que un barco varado en la playa, da igual discutir que dirección queremos que el sistema tome si está varado y que lo que hay que hacer es ponerlo a navegar.

Desde AcampadaQuito animamos a todos aquellos grupos de indignadxs que tienen dudas sobre los pasos a seguir que reflexionen en lo que les une y no los que les separa.

Animamos a que sigan disfrutando del poder de las asambleas y del fruto d e sus consensos. Y sobretodo, animamos a que se resistan a repetir los errores de esta “democracia” basada en la representación.Ya se ha probado el fracaso de la democracia de los partidos, dejemos espacio ahora a otras formas de democracia. Seamos creativos !

Este cambio global lo lideras tú. No dejes que nadie te represente.”

AcampadaQuito

Mensagem de Apoio da Acampada Salamanca

|| A TRADUÇÃO SEGUE ABAIXO DA MENSAGEM ORIGINAL ||

 

Estimados compañerxs: Os escribimos desde Salamanca, una ciudad universitaria de menos de 160.000 habitantes en la que el movimiento social 15M se ha incorporado en nuestras vidas. El movimiento, surgido el 15 de Mayo de este año, fue una ráfaga de aire fresco en nuestro panorama político que era cada vez más desolador y menos democrático, donde la participación en la política por parte del ciudadano se basaba a votar a un partido cada cuatro años, un partido que nunca cumplía con su programa y, por el cual, los ciudadanos nos sentíamos ajenos a la vida política. En un contexto de crisis, de muchos prejuicios creados por parte de los medios de comunicación masivos y, en general, de una gran desinformación política, económica y social; un movimiento social se expandió por más de 300 acampadas de todo el mundo. Manifestaciones masivas, colaboración por parte de desconocidos, trabajo, lucha común. Eso es el 15M. Las claves del éxito del movimiento fueron claras: era un movimiento en un contexto de crisis económica y, por supuesto, era un movimiento apartidista y asindicalista por lo que ningún ciudadano se sentía excluido. Sólo era necesario un requisito: estar indignado. Indignado con la dictadura de los mercados, con el sistema electoral y con la corrupción de aquellos quienes nos gobiernan. En las redes sociales, el grito era claro “No usamos banderas, porque las banderas nos separan. Es más fuerte lo que nos une que lo que nos separa, por eso estamos juntos”. De la misma manera nos negamos a crear un partido político, porque con este sistema electoral los partidos políticos no nos representan y no queremos entrar en su juego. Es un movimiento asambleario, de la calle. Un órgano de presión, si lo preferís. Somos personas anónimas que trabajamos altruistamente, no queremos llevarnos méritos ni tener compensaciones de ningún tipo. Sólo pedimos ser escuchados. El apartidismo es nuestra seña, las manos nuestras armas y el altruismo nuestro símbolo. Por eso animamos a nuestros compañerxs indignadxs de São Paulo que hagan lo mismo, que luchen por una población unida, donde las banderas no importan y los partidos políticos sólo separan. Porque un 15M con bandera no es nuestro movimiento. Un abrazo y mucha suerte, Firmado, Acampada Salamanca.

|| TRADUÇÃO ||

Estimadas companheirxs:

Escrevemos a vocês aqui de Salamanca, uma cidade universitária com menos de 160 mil habitantes onde o movimento social 15M se incorporou em nossas vidas. O movimento, surgido em 15 de maio deste ano, foi uma lufada de ar fresco em nosso panorama político, que era cada vez mais desolador e menos democrático; onde a participação do cidadão na política consistia em votar em um partido a cada quatro anos — um partido que nunca cumpria seu programa e, assim, os cidadãos nos sentíamos alheios à vida política.

Em um contexto de crise, de muitos preconceitos criados pela mídia e, em geral, de uma grande desinformação política, econômica e social, esse movimento social se expandiu por mais de 300 acampadas no mundo inteiro. Manifestações massivas, colaboração por parte de desconhecidos, trabalho, luta comum. Isso é o 15M.

As chaves do êxito do movimento foram claras: era um movimento em um contexto de crise econômica e, sem dúvida, era um movimento apartidário e assindicalista, de maneira que nenhum cidadão se sentia excluído. Apenas era necessário um requisito: estar indignado. Indignado com a ditadura dos mercados, com o sistema eleitoral e com a corrupção daqueles que nos governam. Nas redes sociais, o grito era claro: “Não usamos bandeiras, porque as bandeiras nos separam. É mais forte aquilo que nos une do que aquilo que nos separa, por isso estamos juntos”. Da mesma forma nos negamos a criar um partido político, porque com este sistema eleitoral os partidos políticos não nos representam e não queremos entrar em seu jogo. É um movimento assembleário, da rua. É um órgão de pressão, se preferirem. Somos pessoas anônimas que trabalham de maneira altruísta; não queremos levar mérito nem obter compensações de nenhum tipo. Apenas demandamos ser escutados. O apartidarismo é o nosso signo, as mãos são nossas armas e o altruísmo é o nosso símbolo.

Por isso animamos os nossos companheirxs indignadxs de São Paulo para que façam o mesmo: que lutem por uma população unida, onde as bandeiras não importam e os partidos políticos só separam. Porque um 15M com bandeira não é o nosso movimento.

Um abraço e muita sorte,

Assinado
Acampada Salamanca

 

“Acordamos juntos, para uma nova consciência!" – Comitê de Artes e Cultura do Occupy Wall Street enviaram a seguinte mensagem aos brasileiros da manifestação de São Paulo

A pedido do Jornal STOP, Patrick Burner, do Comitê de Imprensa, e o médico brasileiro Alexandre Carvalho, um dos principais organizadores do Comitê de Artes e Cultura do Occupy Wall Street enviaram a seguinte mensagem aos brasileiros da manifestação de São Paulo:

“Fala São Paulo! Estamos felizes que a mensagem contra a injustiça social, opressão e alienação está correndo o mundo. Sabemos que muitos já trabalhavam, dando sangue, suor e lágrimas nessas causas todos os dias – seu esforço nunca foi em vão!
Acordamos, juntos, com o raiar do dia, para uma nova consciência!
Uma redescoberta do valor de fazer democracia! O contrato social está rompido, e agora o povo ganha as ruas após décadas de silêncio para tomar o poder de volta.

Um protesto ou uma manifestacão apenas não vai resolver. Ocupacão é a poesia
do dia! Vamos construir juntos uma nova utopia, um espaço para experimentarmos a sociedade em que gostaríamos de viver! A Democracia Representativa falhou.

Juntos, vamos criar uma REDE DE DEMOCRACIA PARTICIPATIVA DIRETA, local e global.

Revolucão é devoção. Humanizacão! Emancipacão! Solidariedade!

Um beijo e um queijo,
“The 99%”

Carta de solidariedade de Occupy Wall Street para o Brasil.

Nós do movimento Occupy Wall Street estamos em solidariedade com todas as ocupações que já estão em processo ou que se iniciarão ao redor do mundo a partir do dia 15 de outubro.

Afirmamos através de um processo horizontal, não hierárquico e verdadeiramente democrático e plural, a força que cada um de nós, enquanto unidos, possuímos. Essa força é o motor da mudança, do debate, da destruição e reconstrução de novos e antigos valores. Nossa arma mais poderosa é a resistência não violenta e criativa. Elegemos o exercício da reunião em assembléia como método principal para a tomada de decisões que estão em verdadeiro diálogo com as necessidades da nossa sociedade local e global.

Nossa inspiração é o tempo em que vivemos, o que vemos ocorrendo no mundo desde a Praça Tahrir, no Egito, as demonstrações na Grécia, as acampadas na Espanha, as revoltas no Chile, e muitos outros. Todos esses movimentos se comunicam conosco, e gritam por uma nova ordem social, econômica e política. Uma ordem em que nós, a população, somos os agentes com a voz e o poder de decisão sobre nossa sociedade. Vemos um movimento regido por indivíduos, onde cada voz pode falar ser ouvida em sua unidade, para que assim, o coletivo seja construído para todos. Que novas afiliações surjam a partir deste momento. Que os nossos valores maiores sejam os da solidariedade e da autonomia. Autonomia que traduz o poder que cada pessoa carrega dentro de si. Solidariedade que traduz o poder da união entre todos nós. Que entremos neste novo tempo com nossos corpos e mentes fortes, criativos e curiosos. Não queremos mais do mesmo.

Dia 15 de outubro, dia pela democracia de verdade. Estamos todos unidos. Chegou a vez de globalizar a revolução.

Em Solidariedade,

Amigos no OWS.