Dia 22 de Setembro de 2012
Pauta:
– Informes;
– Conjuntura;
– Encaminhamentos.
INFORMES
Foi dado um informe sobre o número de comunidades que foram vitimadas por incêndios no ano de 2012, em especial, a situação belicosa envolvendo a Favela do Moinho. Este informe constou que:
a) A GCM e a Policia militar, se retiram da comunidade;
b) O processo do uso-capião esta definitivo em parte do terreno, havendo uma luta para ser ampliado;
c) Os moradores só sairão da comunidade na troca de outra moradia.
CONJUNTURA
Houve um consenso sobre a existência de uma onda conservadora na Cidade. A compreensão de que este processo tem várias matizes: na cultura da cidade, na ausência de autonomia do legislativo, no domínio do executivo sobre o legislativo e na hegemonia dos grupos de poderes ligados as empreiteiras sobre as instituições da cidade.
Também foi citado, com o cenário deste quadro eleitoral a situação se agravará com a proximidade da Copa do Mundo existindo a necessidade de realizar obras organizativas na cidade. Sendo que a postura do Setor Público com comunidades em regiões de obras não é de diálogo mas sim de arbítrio e violência como ficou demonstrado no plano municipal na operação Nova Luz, Pinheirinho e em diversas outras que muitas vezes não são noticiadas.
O fato dos incêndios acontecerem em áreas de interesses para intervenções urbanas e de forte pressão valorizativas por conta da Copa, foram mencionados, e igualmente, as posturas leniente do legislativo, ministério público, procuradoria e a passividade e mesmo indiferença investigativa da imprensa.
Foram apresentadas umas série de manifestações que visam denunciar essa conduta arbitrária do Setor Publico paulista e paulistano e foi acatada como agenda.
AGENDA
a) 26 de setembro – ato denúncia pela CPI das comunidades incendiadas – na Câmara Municipal de São Paulo, as 12h;
b) 29 de outubro – Cordão da Mentira – 11 horas no Largo do Osório;
c) 4 de outubro – discussão na USP, promovida por estudantes e professores sobre os Incêndios nas favelas de São Paulo (não foi mencionado o horário e qual fac);
d) 9 de Outubro – reunião na Ocupação Mauá, para organizar ATO DENUNCIA do dia 01/12;
e) 1 de dezembro, ato contra as Violações da Copa.
I – ENCAMINHAMENTOS
Ficou acordado que a primeira medida dos movimentos será realizar uma manifestação dia 26 de Setembro em frente a Câmara para exigir a instalação da CPI.
Sendo necessário que seja feito um esforço convocatório em todas as formas de mídia, garantindo a presença de 500 a 600 manifestantes.
Ficou decidido que será confeccionada uma carta a ser encaminhada aos poderes públicos, vereadores e imprensa
Ficou decidido que será feito um panfleto didático para ser distribuída a população no dia da manifestação.
Ficou acertado que haverá também manifestação cultural envolvendo artistas apoiadores da causa.
Ficou decidido que os advogados e o escritório modelo da PUC irão até a Procuradoria Pública, agendar junto ao GAECO, entrevista e cobrar investigação.
Foram formadas duas comissões, uma de organização (carro de som, com tato com políticos, imprensa etc) e outra para construir a mobilização (fazer a carta, panfletos, palavras de ordem, imprensa, net, facebook etc)
II – ENCAMINHAMENTOS
Foram feitas propostas para construir uma contra-hegemonia na cidade. Observando que essa é uma luta de longo prazo, Foram propostas:
1) Manter um fórum permanente dos movimentos sociais que envolva as diversas correntes políticas existentes;
2) Construir um dossiê relatando a situação dos incêndios e da relação das empreiteiras com o poder público;
3) Realizar atividades lúdicas e culturais pela cidade;
4) Realizar ato na Berrine e Nações unidas onde estão as empreiteras;
5) Colocar faixas nas pontes e viadutos de SP com o nome das comunidades incendiadas;
6) Realizar diagnostico sobre as áreas visadas pela especulação imobiliária e as comunidades que possam ser as futuras vítimas de incêndios.