HOJE (11/04) – Conversa com Dinael Cardoso, liderança indígena e comunitária da região de Santarém

Dinael é indígena Arapium, membro do Conselho Indígena Tapajós-Arapiuns (CITA), líder do Movimento Filhos do Arapiuns e representante indígena na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns.

Com a participação de:
Gorda Azevedo – ambientalista e ex-moradora de Santarém;
e Leandro Mahalem de Lima – antropólogo e pesquisador da região.

DIA 11 de Abril (4ª Feira)
Horário: 19h30min
LOCAL: Sala Crisantempo, Rua Fidalga, 521 – Vl. Madalena

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Um breve contexto

A região do Tapajós-Arapiuns é local de intensos conflitos entre indígenas, comunidades ribeirinhas e madeireiros. Muitas lideranças foram vítimas de ameaças e atentados por causa de sua luta contra a exploração ilegal de madeira e a demarcação de terras indígenas. Uma delas, o Cacique Dadá Borari, recebe escolta policial através de um programa de proteção do estado.

Dois povos da região, os Arapiuns e os Boraris, lutam pela homologação da Terra Indígena Maró. Com o apoio de diversas comunidades ribeirinhas da região, os indígenas reivindicam a demarcação da terra desde 2000, logo após o Iterpa (Instituto de Terras do Pará) ceder lotes de terras para empresas extraírem madeira na Gleba Nova Olinda, sem antes ter feito a regularização fundiária do local.

Em outubro de 2010 a Funai finalmente identificou e delimitou a TI. Em tese, tal ação impediria a presença dos madeireiros na área, porém não é o que vem ocorrendo de fato. Hoje os indígenas continuam sua luta para a demarcação da TI, enfrentando contestações judiciais das madeireiras e do próprio Iterpa.

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Além da extração de madeira, a região também é alvo de interesses econômicos para produtores de soja (devido a proximidade com o porto da Cargill em Santarém) e empresas de mineração (principalmente a Alcoa, que explora uma das maiores reservas de bauxita do mundo em Juruti, município vizinho de Santarém). Há também projeto do governo federal que prevê a construção de cinco hidrelétricas no Rio Tapajós, causando prejuízos imensuráveis à biodiversidade e à vida de toda população da região. O Estado, como sempre, age na defesa dos interesses do capital.

VENHA E CONHEÇA MAIS SOBRE A HISTÓRIA DE LUTA DOS POVOS DA REGIÃO!

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