Neste momento, o futuro da vida dos povos da bacia do rio Xingu está nas mãos do Ministro Carlos Ayres Britto, presidente do Supremo Tribunal Federal.
Após a histórica decisão do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, que por unanimidade determinou a paralisação imediata das obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, a Advocacia Geral da União apresentou uma reclamação perante o STF, pedindo a retomada imediata das obras da barragem.
A luta é desigual: de sexta-feira até hoje, o ministro Ayres Britto já recebeu a visita do Advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams, da Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e da presidente da Funai, Marta Azevedo, todos eles na tentativa de convencê-lo de que paralisar a obra neste momento seria um desastre, já que estaríamos diante de “um fato consumado¨.
A pressão do Governos Federal promete se intensificar nos próximos dias.
Devemos manifestar todo o nosso apoio ao Ministro Ayres Britto, a fim de transmitir-lhe a tranquilidade necessária para que decida sobre a paralisação da obra com liberdade e autonomia, sem se deixar influenciar pela tática do medo, utilizada pelo Governo na tentativa de encobrir os crimes humanitários e ambientais cometidos desde o início do processo de imposição deste projeto de morte e destruição no coração da Amazôniza.
Venha fazer vigília nesta segunda-feira (dia 27 AGO), perante o Tribunal Regional Federal de São Paulo (Av. Paulista, 1842), a partir das 22h.
Traga velas, cobertores e toda sua indignação! Vamos nos manter em vigília, para que essa obra seja extinta para todo o sempre! O Xingu é nosso, e deve correr livre!