Durante a madrugada deste sábado, por volta das 4 horas, a Tropa de Choque se posicionou frente a frente com os manifestantes e obrigou o Acampa | Ocupa Sampa a retirar as barracas.
Nós, do Ocupa | Acampa Sampa, vimos a público manifestar nosso repúdio às ações da Polícia Militar do Estado de São Paulo que se dão durante a calada da noite, quando os movimentos sociais não têm tanto suporte e quando há menor a visibilidade da sociedade.
Entendemos que, se a Polícia está fazendo o que é “certo”, então que faça durante a luz do dia, com transparência de suas ações para a sociedade que a sustenta. É o nosso dinheiro que mantém esta instituição e é um absurdo que ela exista para reprimir aqueles que buscam por mudanças.
O Acampa | Ocupa Sampa conseguiu evitar o confronto, pois busca sempre o diálogo. Acreditamos na não-violência e vamos sempre prezar por isso, mas também deixamos claro que não seremos submissos à esta polícia violenta e à este Estado excludente. Por isso abaixamos nossa barraca conforme solicitado, mas em nova assembleia relembramos e afirmamos que somos um movimento de Acampada e entendemos que nossas barracas são parte da nossa manifestação e não podem ser desarmadas. Nossas barracas são nossas barricadas!
O direito de livre manifestação e reunião é garantido pela Constituição. Não vamos abrir mão disso!
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Tendo em vista tudo que foi discutido e aconteceu nessa madrugada de sábado, fiz uma proposta no meu blog sobre algo que talvez fosse interessante para o movimento considerar fazer, no que diz respeito aos locais de ocupação, e gostaria de saber o que vocês acham dela: http://opassodosim.wordpress.com/2011/11/26/uma-proposta-para-o-acampa-sampa-rotatividade-dos-locais-de-ocupacao/
Quanto ao diálogo com os policiais, gostaria de fazer outra proposta: quando houver esse diálogo, se for possível (porque realmente não era o caso no momento da ação policial propriamente dita) perguntem explicitamente o que eles acham do manifesto, não como policiais, mas sim pessoalmente – se eles acham que as reivindicações são justas, o que eles acham do modo que o movimento se organiza, se concordam ou discordam, por que concordam ou discordam, etc. Acho muito importante abrir esse canal de diálogo com os policiais, justamente porque é agir de acordo com os princípios do movimento de se abrir ao diálogo com todos e estar disposto a considerar a opinião de todos sem excessão. Seria mostrar pra própria polícia que não somos ‘inimigos’ dela, que não enxergamos nela alguém que se deve simplesmente combater, mas sim alguém que merece ter seu espaço para expor suas opiniões tanto quanto a gente – e que é precisamente por isso que o movimento luta, que nesse sentido também lutamos por eles (e não contra eles), porque lutamos para que todos tenham espaço para participar, sejam policiais, sejam da profissão que for. Assim, não apenas damos efetivamente esse espaço, como também, com igual justiça, possibilitamos expor a incoerência ou a falta de fundamento de posições autoritárias, quando houverem – o autoritarismo só se sustenta enquanto não abre a boca – façamos, então, com que abram. Em outras palavras, defendemos que todos tem o direito a palavra – mas por isso mesmo defendemos também que, quem quer ter a palavra, tem que ter coerência e fundamento para defender e propor a sua própria oposição e opinião. Assim – supondo que em alguma medida estamos certos, o que não deixa de ser, em todo o caso, suposição – dar a voz aos policias é expor para eles mesmos a incoerência de se opor radical, violenta e autoritariamente ao movimento.
Acho que, por algum motivo, meus comentários não estão indo… .-. Alguém sabe me dizer por quê? xD
Bom, aparentemente meus comentários não tem ido, mas vou tentar mais uma vez:
Pensando em tudo que aconteceu e foi discutido, fiz uma proposta no meu blog, e gostaria de saber o que vocês acham dela: http://opassodosim.wordpress.com/2011/11/26/uma-proposta-para-o-acampa-sampa-rotatividade-dos-locais-de-ocupacao/
Quanto ao diálogo com os policiais, acho que seria muito importante, quando houver esse tipo de diálogo e for possível fazê-lo, insistir em perguntar sobre as opiniões pessoais dos policias sobre o movimento de uma maneira geral. Desse modo, não apenas se mostra que o movimento não exclui os policias e não luta contra eles, mas sim busca dar espaço pro diálogo também para eles e luta para que também eles tenham esse espaço, e nesse sentido também luta POR eles, e não contra. E, justamente por se dar espaço para o diálogo, também se faz com que o autoritarismo se exponha e não consiga se sustentar, quando ele existir – pois o autoritarismo só se sustenta enquanto não precisa abrir a boca, quer dizer, não precisa se justificar e se defender tal como é necessário em uma situação de diálogo.
[…] Do blog do OcupaSampa […]
huahuahua … tamo tudo coordenado, mas ‘a gente não sabe’ … huahua! Galerinha, na reunião do p-sol tavam combinando tudo, deixa eles boiar.
Capitão Del Vecchio foi o tirano que comandou o ataque à Marcha da Maconha de 2011.