Archive for: novembro 2011

Depois da Tropa de Choque, chuva ao remontar a Acampada

Na madrugada do dia 26 de novembro, a Tropa de Choque da PM militar obrigou a acampada a desmontar as barradas.

As barracas de nossa Acampada são parte da nossa manifestação. Elas permitem manter nossa manifestação permanente, onde quer que a manifestação esteja.

Remontamos nossas barracas, mesmo debaixo de chuva(e de granizo).

Nossas barracas são nossas barricadas!

Aula Pública com os presos políticos da USP – HOJE

Hoje às 20 horas na Praça do Ciclista (AV. Paulista com a Av. Consolação) teremos mais uma aula/debate público no #OcupaSampa!

@s pres@s políticos da USP foram convidados para uma conversa aberta e franca sobre como foi a repressão policial durante o processo de reintegração de posse da Reitoria da USP. Os movimentos sociais estão sofrendo cada vez mais um processo de criminalização e precisamos dizer NÃO a isso.

Por isso o Acampa | Ocupa Sampa acredita que a luta dos estudantes da USP pela retirada da Polícia Militar do Campus é também uma luta nossa. A polícia que reprime na Universidade é a mesma que mata jovens negros na periferia, que reprime movimentos sociais e por isso precisamos debater suas ações.

Ontem o Acampa Sampa foi pressionado pela Tropa de Choque durante a madrugada para que retirasse as barracas. Hoje seguimos e seguiremos na resistência! Precisamos de todxs nossos amigxs unidxs na luta.

20hrs na Av. Paulista ocupada!

https://www.facebook.com/events/201126009967055/

 

 

Repressão Policial ao Ocupa Sampa! Todxs na Praça do Ciclista!

Hoje durante a tarde o Capitão Del Vecchio veio ao Ocupa | Acampa Sampa dizer que precisávamos nos retirar até as 21 hrs. Diversos policiais estão espalhados por toda Av. Paulista desde este momento.

Aliado a isto a GCM (Guarda Civil Metropolitana) chegou com uma Kombi e funcionários da Prefeitura com a ordem de retirar as barracas.

A Praça é pública! Temos direito de ocupar este espaço!

Precisamos lembrar a todxs que a Tropa de Choque não age sem uma ordem superior. ESTA ORDEM FOI DADA! O Governador Geraldo Alckmin, em mais uma lição de democracia, ordenou que o Choque retirasse a Acampada.

Para quem não se recorda o Capitão Del Vecchio foi quem comandou a operação que reprimiu violentamente a Marcha da Maconha em 21 de maio deste ano.

http://carosamigos.terra.com.br/index2/index.php/noticias/1695-marcha-da-maconha-em-sp-e-marcada-pela-resistencia-a-censura-e-a-violencia-policial-

Esta semana o Gov. Geraldo Alckmin nomeu como chefe da Rota o responsável pelo Massacre no Carandiru!

http://www.cartacapital.com.br/sociedade/do-massacre-no-carandiru-ao-comando-da-rota/

O Acampa Sampa como sempre marcou seu posicionamento político estendeu uma faixa na Av. Paulista explicitando para a população o quão grave era esta nomeação.

O Governador também deu ordens para a ação policial que reprimiu violentamente os estudantes da USP no início do mês. O Ministério Público já está acionando criminalmente o comando da operação por abuso de poder.

TODXS À PRAÇA DO CICLISTA ESTA NOITE!

A Bicicletada/Massa Crítica vai ocorrer hoje, enquanto a praça estiver lotada a polícia não vai fazer nada. Precisamos manter este espaço ocupado com muita energia, música e não-violência.

Fazemos um chamado à todos os coletivos amigxs do Acampa! À todas as pessoas que acreditam no movimento e à todos aqueles que se indignam perante a violência policial!

Enquanto estávamos no Viaduto do Chá com pouca visibilidade a Prefeitura fez um jogo de acordos. Agora que ocupamos o centro financeiro da América Latina e estamos crescendo o Governo do Estado de São Paulo está preocupado – Alckim sabemos de suas fraudes, sabemos de suas sujeiras e NADA vai nos calar.

Se hoje nos reprimem, AMANHÃ SERÁ MAIOR!

 

TODOS, TODAS À PRAÇA DO CICLISTA (Av. Paulista com a Av. Consolação.

 

“Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem…. ” Bertolt Brecht

Hoje é última sexta do mês: Massa Crítica (Bicicletada) na PAULISTA.

Toda última sexta-feira do mês tem bicicletada. O tradicional ponto de encontro d@s ciclistas é um lugar que foi transformado em Praça pel@s Ciclistas. Na Paulista com a Consolação, a concentração começa a partir das 18 e vai até +/- 20 horas, quando os ciclistas decidem tomar as ruas da cidade.

Neste mês especial, os acampados darão boa-vindas aos ciclistas e vão convidá-los a acampar. Por sua vez, os ciclistas darão boas vindas aos acampados e os convidarão para pedalar. Será novamente uma demonstração de apoio mútuo, como as que ocorreram na última bicicletada e na festa do 11-11-11, quando os acampados puderam prestigiar parte da festa de ocupação organizada pel@s ciclistas e pelo barulho.org.

Ocupa Sampa e Barulho.org na PAULISTA – Ocupe a Cidade – Occupy All Streets

São 41 dias de ocupação, 41 dias de retomada do espaço público!

O Ocupa Sampa movimentou-se para a AV. PAULISTA (PRAÇA DO CICLISTA) mantendo os mesmos princípios que nos impulsionaram a ocupar o Vale do Anhangabaú. Somos apartidários, não violentos e tomamos as decisões por consenso. Mais do que isso, estamos aqui para lembrar a Tod@s os paulistan@s que a rua é nossa por direito, que a sociedade do automóvel pode e deve ser questionada, que é possível um outro modelo de mobilidade urbana.

Para comemorar mais essa retomada de espaço público o pessoal do Barulho.org vai fazer muuuuuita festa com a gente. O som começa às 14h e vai até de noite…

Aliás, o Barulho.org  já esteve na praça no dia 11/11/11, dá uma olhada no vídeo:

http://vimeo.com/32025686

Divulgue, chame os amigos, traga sua barraca, vem ocupar com a gente!

Evento no face: http://www.facebook.com/events/188669784555138/

 

#OcupaSampa + #OcupaAnhangabaú = Dignidade e Moradia Já

#OcupaSampa + #OcupaAnhangabaú = Dignidade e Moradia Já

Ocupar a Av. Paulista para dar visibilidade à Praça d@ Ciclista

A Av. Paulista é chamada de coração de São Paulo porque ela nunca dorme. De dia ou de noite, pessoas caminham, @s skatistas e patinador@s se divertem e as apresentações culturais estão por todos os lados.

Porém, a maior parte dos seus espaços está tomada por carros e veículos motorizados. As bicicletas ainda são uma minoria que tem que disputar o espaço acirradamente com os carros. Nela, a pressa e a imprudência dos motores dão lugar às tragédias como a que tirou a vida da ciclista e ativista Márcia Prado.

Nela, os casarões dos Barões do Café deram lugar aos escritórios que controlam e financiam as operações das indústrias que fabricam(e importam) os automóveis e suas peças. Tornaram o grande cartão postal de São Paulo em um lugar sem pessoas. A avenida de hoje é apenas uma foto aérea de antenas e carros.

A sociedade do automóvel quer ser inquestionável. A publicidade paga pelas montadoras torna a cidade apenas um emaranhado de latas de aço trafegando por todos os lados(mesmo que você não consiga chegar em nenhum lugar). A publicidade quer que você troque de carro todos os anos (e esconde toda a destruição ambiental provocada pelas siderurgias e pelas construção de hidrelétricas). Tenta esconder tudo o que não se transforme em lucro nos bolsos dos banqueiros e industriais.

Para deixar de ser invisíveis, os ciclistas começaram a se encontrar ali, em um movimento que nasceu no Brasil dentro dos protestos anti-globalização do final da década de 90 e depois ganhou autonomia, acontecendo em sintonia com São Francisco e outras centenas de cidades do planeta, mantendo características de horizontalidade e ausência de líderes ou representantes formais. No lugar propagandeado como lugar dos automóveis. No meio do trânsito que é também propagandeado como o trânsito dos automóveis.

As bicicletadas começaram a acontecer em toda última sexta-feira do mês. Começou-se a organizar o Dia Mundial Sem Carro e a Pedalada Pelada. Fez-se Ciclocinemas, ciclozines e cartazes que diziam: “Nós somos o trânsito.” Batizou-se popularmente esse lugar do encontro como a Praça do Ciclista.

A luta deu frutos e hoje, é reconhecido oficialmente o nome do batismo popular “Pça do Ciclista” (ainda que entendemos que ela deveria se chamar “d@ ciclista” ou “do e da ciclista”).

A bicicleta, no entanto, continua marginalizada como meio de transporte. O respeito aos ciclistas ainda que crescente, está longe de ser ideal. O transporte público continua caro e caótico (Conforme aprendemos com as manifestações do Movimento Passe-Livre que se concentram na Pça do Ciclista). A sociedade do automóvel está vencendo.

Por isso, estamos ocupando a AVENIDA PAULISTA. Para dar visibilidade ao que representa toda a luta que acompanha a construção da Praça do Ciclista. Para dar visibilidade à uma outra sociedade, que estamos construindo ao pedalar, ao fazer assembleias, ao conversar e ao compartilhar nossas ideias, ideais e sonhos.

Assim como a Praça do Ciclista nasceu do encontro de pessoas que desejavam transformar a realidade em favor da convivência e de maneiras mais inteligentes de locomoção na cidade e, para isso, botaram a “mão na massa” para construir essa realidade, os movimentos de ocupação que agora acontecem em várias cidades do mundo também propõem a retomada da possibilidade dos cidadãos construirem suas cidades e interferirem nos rumos de seus países.

Por isso, convidamos a tod@s: Venha ocupar!

[Links]

http://bicicletada.org/marciaprado

http://asbicicletas.wordpress.com/2011/02/24/5-anos-da-praca-do-ciclista-oficializada/

http://www.apocalipsemotorizado.net/2006/02/28/41a-bicicletada-carnaval-inauguracao-na-praca-do-ciclista/

#OcupaSampa ensina democracia na Av. Paulista

Tão logo o #OcupaSampa chegou na Av. Paulista, começou uma aula de democracia.

A expectativa era de ter uma aula com Governador Geraldo Alckmin marcada para o dia seguinte (24/nov), mas os ávidos alun@s não puderam esperar e já se puseram a praticar a tal da democracia.

Primeiro, estenderam suas faixas e cartazes que diziam “Existimos”, “OcupaSampa, por uma boa causa”, “Xingu livre”, “Um novo mundo nasce abaixo e à esquerda”, “Nossos sonhos não cabem em suas urnas”, “A história é melhor vivê-la que lê-la”, entre outras.

Depois, ao invés de tratar as pautas e temas como axiomas imutáveis, resolveram começar uma assembleia participativa, com voz aberta à tod@s. Na assembleia, discutiu-se os motivos de estar na Av. Paulista, de ocupar os espaços anteriormente ocupados somente pelos Barões do Café e pelos gestores industriais, de estender as faixas e cartazes, de fazer aulas públicas e de construir participação política e democracia direta.

Estamos tentando aprender, entre erros e acertos, como se faz democracia!

Estamos no caminho correto Sr. Governador?

Um amanhecer na av. paulista ocupada!

Hoje tivemos nosso primeiro amanhecer no centro financeiro da cidade de São Paulo. A energia era muito boa, o sol nos recebeu com toda sua força e iniciamos nossas conversas com as pessoas que passavam na região. Cartazes sendo criados, violão, amigxs, energia solar, transmissão ao vivo e muito debate sobre o mundo que queremos.


Agora a tarde o Acampa | Ocupa Sampa participa da Marcha Latino americana pela educação junto com o estudantes da USP.

Venha nos visitar e nossa lista de necessidades continua ativa. Precisamos muito da doação de alimentos rápidos – pão, margarina, bolachas…

Parte dxs companheirxs continuam no vale do Anhangabaú com a pauta de moradia e dignidade Já! Estamos todxs na mesma luta! Se você tiver doações de alimentos e/ou materias para fazer cartazes as duas ocupações estão aceitando doações. Deixe no lugar mais fácil para você e vamos que vamos!

OccupyTogether!

 

 

 

Movimento em movimento – Mais uma praça! #OcupaSampa

Durante a terça-feira (23/nov) o movimento #AcampaSampa ocupou a Pç. do Ciclista na Av. Paulista para integrar a Marcha LATINOAMERICANA pela Educação que será realizada na quarta-feira (dia 24 às 14h). Aguardaremos a tão esperada presença do Gov. Geraldo Alckmin para uma aula de democracia. Muitas barracas deixaram o Viaduto do Chá, espaço  tão importante para a construção do movimento durante estes 39 dias e passam a ocupar o grande centro financeiro da cidade. Formamos uma rede de pessoas indignadas que se unem em todo o mundo com um mesmo grito “Não nos representam”. Expor os erros e debater caminhos de uma forma verdadeiramente democratica são as armas dessa luta. Passaremos a ocupar mais praças, nossos sonhos não cabem em suas urnas.

No Anhangabaú, muitas famílias continuam acampadas em prol da luta por dignidade e por moradia. Elas formam agora o #OcupaAnhangabaú e as lutas seguem unidas. Diversas famílias e indignados de forma organizada e não violenta passaram a pautar naquele espaço a luta por moradia e não podem ser tratadas pela prefeitura segundo a política higienista que rege na cidade de São Paulo. O Anhangabaú é delas, é nosso, é de toda a cidade e não da especulação imobiliária.

Seguiremos juntos e fazemos um chamado à sociedade. O Ocupa | Acampa Anhangabaú agora precisa de todxs nós! São diversas famílias se organizando politicamente e a Prefeitura de São Paulo quer tratá-las como “sujeira” na cidade e “varrer” todas de lá. Já sabemos a forma como a política de revitalização do centro de São Paulo têm seguido de forma a priorizar o capital e ignorar as pessoas que já ocupavam aquele espaço. O Vale do Anhangabaú não é invisível, seguimos com as lutas conectadas e…

Amanhã vai ser maior!